Gean Coelho Telles é um dos quatro árbitros brasileiros a compor o quadro da Fifa. Nesse período, segundo ele 2009 foi o melhor em termos de compromissos internacionais. O professor de educação física da Facvest nas disciplinas de futsal e futebol trabalhou no Sul-Americano e nos jogos da Lusofonia (Jogos Mundiais da Língua Portuguesa) em Lisboa, além de vários amistosos da seleção brasileira.
O mais jovem árbitro da história da entidade internacional explica que a renovação do quadro da Fifa, composto por dois gaúchos e um paulista, além dele, ocorre anualmente, mas a idade limite é de 45 anos. Ou seja, Gean com 34 anos tem ainda muito o que mostrar. Agora ele espera a primeira convocação do ano, que geralmente acontece entre 15 a 20 dias antes da competição. E as expectativas são boas, pois o calendário da temporada está repleto de eventos. Ele se refere ao Sul-Americano de Clubes, Sul-Americano sub-20 de seleções, Superliga, Taça Brasil, a tradicional Liga Nacional e o Campeonato Catarinense.
Ainda segundo ele, todo início de temporada os árbitros passam por testes e diz que o seu está marcado para este domingo (10) em Florianópolis. “Estar no Mundial do Rio de Janeiro (2008) e participar de toda a preparação física, teórica e psicológica foi um grande aprendizado. Infelizmente não apitei, pois somente um representante de cada país poderia trabalhar na arbitragem e na época eu era o segundo mais novo do quadro”, esclarece fazendo menção a uma das principais experiências da sua carreira que começou há 15 anos inspirado em seu pai, João Olavo Telles (25 anos na arbitragem amadora). “Tenho que ressaltar que o convite para atuar no futsal partiu do saudoso Jorge Luis Plauda (Bea)”, observa.
Gean defende que uma boa arbitragem é aquela discreta e baseada em critérios. E para se autoavaliar costuma gravar a sua atuação. Ele espera arbitrar na próxima Copa do Mundo. “Como árbitro minha maior ambição é realmente trabalhar numa Copa do Mundo, mas como pessoa, utilizar o futsal para conhecer o mundo”, reitera. E é junto com sua esposa, a professora Caren Vanessa Ganz Vogel Coelho Telles e o filho João Olavo Vogel Telles de quatro anos, que Telles aguarda a tão sonhada convocação. Esta poderá vir em 2012 no Mundial, que ainda não tem local definido, mas cogita-se que seja na África ou na Europa. A Fifa deve anunciar o continente que sediará a competição na metade deste ano.
Correio Lageano: Sua vida é bem corrida, além de sócio-proprietário de uma escolinha de futsal, ainda leciona na faculdade. Fale um pouco disso.
Telles: Gosto de estar em contato com o meio universitário, passar todas as experiências vividas, estar participando do meio onde o conhecimento é produzido e compartilhado. Também gosto muito de dar aulas na minha escolinha de futsal, o contato com as crianças é muito agradável.
CL: Como foi arbitrar na Europa? Em que diferem os europeus dos jogadores latinos? A torcida é bem presente, grita, xinga ou é mais reservada?
Telles: Foi uma experiência incrível, pois é uma cultura totalmente diferente, apesar da nossa língua ser portuguesa a experiência de trabalhar com equipes africanas e a seleção portuguesa foi muito interessante.
CL: O que você achou quando soube que a Federação Catarinense de Futsal atuava dois anos sem um Tribunal de Justiça Desportiva?
Telles: Infelizmente foi uma surpresa desagradável para todos. Atrapalhou um pouco, mas ainda bem que tudo foi resolvido.
CL: Como você faz para manter o condicionamento físico?
Telles: Faço uma preparação bem sólida no começo de cada ano, e ao longo do ano tento mantê-la com algumas atividades físicas regulares.
CL: O que mais te irrita: ser contrariado quando tem certeza de uma decisão ou ser xingado pela torcida? Aliás, como você lida com os xingamentos?
Telles: Normalmente não dou atenção para torcida, e durante o jogo dificilmente me irrito. O árbitro deve ter um controle psicológico muito grande.
CL: Cite uma quadra que você mais gosta?
Telles. A quadra onde dou aula de futsal para meus alunos no ginásio Kibola (antigo Olimpião).
CL: Como você avalia a arbitragem no Brasil?
Telles: O nível da arbitragem brasileira é muito boa. Erros não são para lamentar e sim para aprendermos com eles e não os repetir.
CL: Você costuma se autoavaliar?
Telles: Minha esposa grava todos os meus jogos e depois gosto de assisti-los sozinho. Gosto muito de escutar meus colegas de trabalho pedindo-lhes uma avaliação depois dos jogos.
CL: A tua profissão às vezes o afasta da família. Como você faz para compensar este período?
Telles: Quando possível os levo aos jogos, mas quando estou em casa gosto de ficar com eles. Ambos são meu alicerce.
CL: Você torce por algum time e também xinga a arbitragem?
Telles: Em casa somos vascaínos, mas não xingo a arbitragem, apenas dou minha opinião sobre lances polêmicos.
Correio Lageano: Sua vida é bem corrida, além de sócio-proprietário de uma escolinha de futsal, ainda leciona na faculdade. Fale um pouco disso.
Telles: Gosto de estar em contato com o meio universitário, passar todas as experiências vividas, estar participando do meio onde o conhecimento é produzido e compartilhado. Também gosto muito de dar aulas na minha escolinha de futsal, o contato com as crianças é muito agradável.
CL: Como foi arbitrar na Europa? Em que diferem os europeus dos jogadores latinos? A torcida é bem presente, grita, xinga ou é mais reservada?
Telles: Foi uma experiência incrível, pois é uma cultura totalmente diferente, apesar da nossa língua ser portuguesa a experiência de trabalhar com equipes africanas e a seleção portuguesa foi muito interessante.
CL: O que você achou quando soube que a Federação Catarinense de Futsal atuava dois anos sem um Tribunal de Justiça Desportiva?
Telles: Infelizmente foi uma surpresa desagradável para todos. Atrapalhou um pouco, mas ainda bem que tudo foi resolvido.
CL: Como você faz para manter o condicionamento físico?
Telles: Faço uma preparação bem sólida no começo de cada ano, e ao longo do ano tento mantê-la com algumas atividades físicas regulares.
CL: O que mais te irrita: ser contrariado quando tem certeza de uma decisão ou ser xingado pela torcida? Aliás, como você lida com os xingamentos?
Telles: Normalmente não dou atenção para torcida, e durante o jogo dificilmente me irrito. O árbitro deve ter um controle psicológico muito grande.
CL: Cite uma quadra que você mais gosta?
Telles. A quadra onde dou aula de futsal para meus alunos no ginásio Kibola (antigo Olimpião).
CL: Como você avalia a arbitragem no Brasil?
Telles: O nível da arbitragem brasileira é muito boa. Erros não são para lamentar e sim para aprendermos com eles e não os repetir.
CL: Você costuma se autoavaliar?
Telles: Minha esposa grava todos os meus jogos e depois gosto de assisti-los sozinho. Gosto muito de escutar meus colegas de trabalho pedindo-lhes uma avaliação depois dos jogos.
CL: A tua profissão às vezes o afasta da família. Como você faz para compensar este período?
Telles: Quando possível os levo aos jogos, mas quando estou em casa gosto de ficar com eles. Ambos são meu alicerce.
CL: Você torce por algum time e também xinga a arbitragem?
Telles: Em casa somos vascaínos, mas não xingo a arbitragem, apenas dou minha opinião sobre lances polêmicos.