Foto Rafael Sena/bahia.com
Por:Mário Medaglia
Intiquei de vez. Não consigo mais ver ou ouvir as entrevistas do Dunga. Quanto menos falar melhor, para nós jornalistas e para o torcedor. Ele tem bons ouvintes entre os jogadores que além de entenderem sua linguagem têm a obrigação de agüentar o discurso que raramente traz algo de novo para simples mortais como nós.
Até porque agora não tem mais volta nem novas convocações, a não ser que o imponderável pregue alguma peça na fortaleza onde está escondida na África do Sul a seleção de guerreiros. Só faltaram o fosso, crocodilos, uma ponte elevadiça e óleo fervente para jogar sobre os invasores. O time protegido por Dunga está definido, tudo indica com apenas uma dúvida na lateral esquerda entre Gilberto e Michel Bastos. É esperar e torcer para que tudo dê certo, para que nosso exércto vença esta batalha africana.
O único personagem interessante de se ouvir a esta altura seria Paulo Paixão (foto), preparador físico da seleção brasileira, reconhecido como um dos grandes profissionais nesta área. Gostaria que ele explicasse a razão para tantos jogadores lesionados nos nossos clubes, inclusive no dele, o Grêmio, que perdeu todos os seus laterais esquerdos, jogadores de meio campo e o atacante Borges.
Deve estar acontecendo alguma coisa de anormal no futebol tupiniquim. Na Europa, com calendário parecido, é difícil de se ouvir informações sobre equipes com tantos desfalques por lesão como acontece no Brasil. Até mesmo os brasileiros que jogam por lá raramente aparecem nos noticiários por estarem machucados. Kaká foi a exceção nos últimos tempos, o único soldado ferido.