segunda-feira, 21 de junho de 2010

Rapidinhas da Primeira Divisão

* Se o primeiro turno do Campeonato Estadual da Primeira Divisão terminasse nesta segunda-feira, os jogos das quartas de final seriam estes:

Moitas/Ituporanga/AVAÍ x Zanoello/Caça e Tiro/Uniplac/FME

FMD Rio do Sul/Unidavi/Back/StahlFabrik x Marka/Bastos/FME

Futsal Schumann de Seara x Inter Lages Futsal/UNIPLAC

ADV/Unoesc/Sintricavi x AD Saudades Jeca Dray

* O time que marcou mais vezes até agora na competição foi a AD Saudades Jeca Dray com 51 gols.

* Já a defesa mais vazada é a da AA Planalto/Berlanda/SCS/PAN. O grupo de São Critovão do Sul teve as redes balançadas 61 vezes.

* O Moitas tem a melhor defesa com apenas 19 gols sofridos.

* As melhores campanhas são de Moitas e Rio do Sul, ambas tem 81.48% de aproveitamento.

* O artilheiro do campeonato é Lê, de Saudades, que marcou 17 gols, em 10 partidas.

Fonte:Esporte Alto Vale

O destempero de Dunga

Não se trata de um texto corporativista.Trata-se de prezar pela boa educação.

Dunga tem seus métodos, suas vitórias e seu histórico (quase) irretocável, até aqui, no comando da Seleção. Ótimo.

Dunga tem suas manias. Okay.

Dunga quis mudar o modus operandi da cobertura jornalística da Seleção Brasileira - e nisso tem mais méritos do que deméritos.

Mas falta de educação não funciona em lugar algum do mundo. Muito menos em uma cerimônia oficial da Fifa após mais uma vitória do seu time (só o mais famoso do mundo) na Copa do Mundo (maior evento esportivo do planeta).

As palavras baixas e impublicáveis ditas pelo técnico para o jornalista da Globo Alex Escobar representam o ápice de uma história de birrinhas e diz-que-disse entre Dunga e a imprensa.

Trata-se de uma briga que ele alimenta há 20 anos, desde quando foi apontado como o símbolo da derrota na Copa de 1990. Para quem não se lembra, quatro anos depois, Dunga levantou a taça de campeão do mundo gritando palavrões para os fotógrafos e câmeras do mundo inteiro captar.

Os motivos pelos quais ele elegeu os jornalistas como os principais rivais neste Mundial não são muito claros (e por vezes são irracionais), mas nada justifica o destempero na coletiva de ontem.

Um homem patriota deveria apreciar a democracia e as várias maneiras de pensar.

Dunga não ofendeu só Alex Escobar, mas todos que estavam naquela sala de imprensa e também (principalmente) todos que assistiram à coletiva: gente muito mais numerosa do que aqueles que ele quis atingir.

Para quem não sabe o que aconteceu: Dunga interrompeu a entrevista para interpelar Escobar. "Você está falando comigo?" O jornalista não estava. Ele falava com o colega Tadeu Schmidt ao telefone e, quando balançou a cabeça negativamente, Dunga imaginou que estava discordando de sua resposta. Foi o bastante para que o técnico passasse quase meia hora resmungando palavrões captados com clareza pelo sistema de som da sala de imprensa. Uma vergonha.

Respeito é bom e todo mundo gosta. Todo mundo. Em qualquer lugar do mundo.

Mais repercussão sobre o tema, via twitter:

Neto, colunista do Yahoo e da Band:

"O clima entre o técnico Dunga e a TV Globo aqui na África é o pior possível. Os xingamentos contra o Alex Escobar ecoaram negativamente. O Escobar, por sinal, é um baita de um profissional. O ódio desse senhor com a imprensa não faz o menor sentido."

Sidney Rezende, jornalista da Globonews:

"A função de técnico no Brasil é muito difícil e Dunga já tem, por natureza, um temperamento explosivo. Pressionado, a exemplo que sofre um presidente da República, os nervos ficam mesmo a flor da pele. Ele é humano e explodiu. Na minha opinião, ele errou. Ninguém pode perder o equilíbrio emocional. Jamais. Do alto da função e autoridade de Dunga, ele tem a obrigação de se policiar."

Maurício Noriega, comentarista do Sportv:

"Estou solidário ao companheiro Alex Escobar, nova vítima do rancorde Dunga. Pra xingar o Alex, tem que estar muito de mal com a vida. "

Zé Gonzalez, editor do Globoesporte.com:

"Não torço contra nem a favor da Seleção Brasileira. Apenas não torço. Desde 1994. E não consigo me imaginar torcendo por alguém como o Dunga.(...) Tem gente que precisa de um amor, de um herói, de colo, de um amigo... O Dunga tem necessidade em colecionar inimigos."

Mauro Cezar Pinheiro, comentarista da ESPN Brasil:

"Críticas ao trabalho de um técnico de seleção ou time grande, a um ministro, prefeito, presidente, ator, são inerentes a tais atividades e não devem ser levadas para o lado pessoal. Quem não quer conviver com elas deveria se esconder em casa e também renunciar aos elogios."

Futebol,cadê você?

Menos mal que o Brasil ganhou. E ganhou bem, apesar da expulsão boba do Kaká e do gol do Luis Fabiano “con los brazos de dios”. Além de salvar a nossa pele e de confirmar a boa participação sul-americana nesta Copa, a seleção brasileira é a única entre as grandes que até aqui não nos frustra por inteiro, ainda que sob suspeição da mídia e de boa parte dos torcedores. França, Itália, Espanha, Inglaterra e Alemanha, estas sim estão assombrando torcidas, enganando “experts” e apostadores.

Europeus e africanos são enormes decepções no momento. O bom futebol desapareceu, na maioria dos casos por motivos ainda desconhecidos, especialmente quando tratamos de espanhóis, italianos e franceses. A tese não é original por ser óbvia, mas na minha modesta opinião não é coincidência que o mau futebol esteja justamente com os países que mais importam jogadores.

Na hora de suas seleções, com os nativos em campo, mostrarem serviço em uma competição tão difícil como a Copa do Mundo é o que se vê. Ou o que não se vê. Cadê o futebol destes times considerados favoritos, cheios de nomes badalados e de contratações milionárias? As equipes da África também estão caprichando nas más apresentações, embora vítimas de um fenômeno inverso ao que atinge a Europa. Nem os anfitriões sob a batuta de Parreira escaparam do fracasso. Por sinal, faz tempo que o homem não ganha um título ou faz algum trabalho que preste.

Consideremos que estamos no começo, recém concluindo a segunda rodada da primeira fase, mas é preocupante este equilíbrio, para mim falso e muito emblemático.Já ouvi que o imprevisível é que dá graça ao futebol. Também, acho, só que com selo de qualidade.


Por:Mário Medaglia