quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Veloz, Brasil goleia Hungria em Joinville

O Brasil contou com a velocidade para derrotar a Hungria nesta terça-feira (9/11), no Centreventos Cau Hansen, em Joinville (SC). Com um time leve, jovem e veloz, os brasileiros fizeram 6 a 0 nos europeus e fecharam a série de dois amistosos com duas vitórias, já que, no último domingo (7/11), triunfaram por 4 a 2, em Cuiabá (MT).

Depois do jogo, o técnico Marcos Sorato comentou sobre a exibição brasileira. “Conseguimos um gol logo no início da partida e isso foi importante. Estudamos o time da Hungria e, com isso, a equipe jogou mais solta, mais veloz. Enquanto jogamos coletivamente, estivemos muito bem”, assegurou.

Depois das duas vitórias sobre os húngaros, Sorato fez uma avaliação positiva do tempo em que a Seleção esteve reunida. “É um balanço altamente positivo. Hoje entramos para não tomar gol e conseguimos”, resumiu.

Do lado húngaro, o técnico Frank Támas admitiu a superioridade brasileira. “O Brasil é um time melhor e mereceu a vitória por seis gols de diferença. Nosso time é baseado na defesa e, em Cuiabá, conseguimos segurar o Brasil, mas hoje não tivemos essa sorte. No fim, acho que foi uma boa experiência para a equipe, um grande aprendizado”, finalizou.

O jogo
 
O Brasil começou a partida com o quinteto Franklin, Darlan, Vander Carioca, Guina e Murilo. Com toques de bola rápido, o time verde e amarelo envolveu a defesa húngara e, logo a 1min26, Darlan abriu o placar depois de completar cruzamento.

Mesmo na frente do marcador, o Brasil continuou a encurralar os húngaros, que não conseguiram encaixar a marcação. Superior, o time brasileiro criou seguidas chances até que, aos 7min50, o pivô Dieguinho marcou o segundo gol. Aos 9min15, foi a vez do ala Pixote, que se livrou da marcação e ampliou o marcador para 3 a 0.

Depois de diminuir o ritmo no final da primeira etapa, os brasileiros voltaram acelerados para a segunda etapa. No entanto, a Hungria também melhorou depois do intervalo e teve chance de diminuir, mas Franklin defendeu pênalti cobrado por Lódi. Em seguida, Aos 24min24, o grito de gol da torcida do Cau Hansen foi mais forte, pois o ala Murilo, que atua na Krona/Joinville/Dalponte, time da cidade, acertou voleio e fez o quarto do time brasileiro.

Com a vantagem, o técnico do Brasil, Marcos Sorato, foi ousado e colocou em quadra um time com os três estreantes. Dyego, Gadeia e Jackson, ao lado de Deives e Djony, formaram um quinteto que representa a renovação do time brasileiro. Para confirmar a confiança do treinador, Gadeia, aos 27min53, entrou livre e chutou com força, marcando o quinto do time verde e amarelo e o seu primeiro gol na Seleção.

Confiante por causa do placar largo e da boa atuação, os brasileiros continuaram a pressão e, trocando passes com precisão, chegaram ao sexto gol. Aos 33min38, Dieguinho recebeu a bola e, depois de brigar com dois adversários pela posse, tocou na saída do goleiro para fechar o placar em 6 a 0.

OLIMPÍADAS UNIVERSITÁRIAS – JUBs - 2010

SC vai disputar sete das oito finais nas coletivas

Nas oito semifinais da Olimpíada Universitária disputadas nesta terça-feira (09) em Blumenau, Santa Catarina garantiu vaga em sete decisões. A única derrota aconteceu no voleibol feminino que vai disputar o terceiro lugar. O basquete masculino, classificado para a final da divisão de acesso, já pode comemorar a presença na divisão especial ano que vem. Com as decisões da quarta-feira nas modalidades coletivas abre a pontuação para o Troféu Eficiência, a classificação geral da Olimpíada.

No feminino foram quatro confrontos contra a faculdade pernambucana Maurício de Nassau. No vôlei masculino também houve disputa contra Pernambuco.  

No basquete feminino a Uniasselvi passou fácil com o placar de 81 a 43. Na final vai enfrentar a Universidade Castelo Branco RJ que na outra semifinal derrotou a Uni Santanna SP por 67 a 58.

O basquete masculino da Unoesc classificou para a final e subiu para a divisão especial com vitória sobre a UCDM do Mato Grosso do Sul por 72 a 67. A decisão será contra os paranaenses da Dom Bosco que derrotaram a ICE do Mato Grosso por 63 a 49.

O futsal feminino da Unochapecó fez 5 a 2 nas pernambucanas e vai decidir o título com a Unifor-CE que na outra semifinal venceu a Unip-SP na prorrogação por 4 a 2.

O futsal masculino da Uniasselvi teve um jogo difícil contra a Unifor do Ceará mas venceu por 4 a 2. Vai decidir o título contra  a Upis DF que derrotou os gaúchos da Feevale por 4 a 3.

O handebol masculino da Unoesc conseguiu o grande resultado do dia ao derrotar os paulistas da Unip, time de Liga Nacional com jogadores da seleção brasileira, por 22 a 21. Na final a Unoesc vai enfrentar outra equipe de Liga Nacional, os paranaenses da Unopar, que derrotaram a Universidade Castelo Branco do Rio de Janeiro por 29 a 20.

No handebol feminino a Furb confirmou seu favoritismo, derrotando as pernambucanas da Maurício de Nassau por 34 a 22. A Furb vai decidir o título contra as paranaenses da FAG que venceram a Feevale RS por 36 a 33.

O voleibol masculino da Unoesc passou bem pela Maurício de Nassau por 3 a 0, parciais de 29x27, 25x22, 25x15. A final será contra a Politécnica de Minas Gerais que derrotou a Upis DF por 3 a 1.

A única derrota aconteceu no voleibol feminino com a Unochapecó perdendo por 3 a 2, parciais de 25x19, 22x25, 25x15, 23x25 e 13x15 no set desempate. A Unochapecó disputará o terceiro lugar contra a Unip SP, derrotada na outra semifinal pela Unifor CE por 3 a 0.

Mário Medaglia

Assessoria de Imprensa da FCDU

Regular ou não regular a imprensa, o que existe um pouco além do tiroteio verbal


Como em quase tudo nesta vida, a resposta à pergunta regular ou não regular a imprensa não está nos extremos mas sim entre um polo e outro. O problema é que achar a combinação exata de regulação e desregulação é um exercício complicado que exige diálogo e entendimento, coisas meio raras hoje em dia na imprensa brasileira.

Como o tema está na ordem do dia por conta das iniciativas estaduais de regulamentação da mídia, seria interessante ir um pouco mais fundo na análise da questão para que a gente não se sinta perdida no tiroteio de argumentos de um lado ou outro. Só fazendo isto é que podemos distinguir num prazo maior o que vai ajudar ou não na ampliação do fluxo de informações na sociedade brasileira.

O princípio da regulamentação está baseado na idéia de controle destinado a impedir que pessoas ou instituições violem determinadas normas. A regulamentação e a legislação tendem a se sobrepor ao consenso e a concordia, em sociedades onde há uma forte desconfiança originária da desigualdade social e econômica. 

Num ambiente de desigualdade é inevitável que os dominados tentem mudar ou ignorar as regras do jogo em seu benefício. No lado dos dominadores, prevalece a mesma atitude, já que eles sabem que os oponentes aproveitarão qualquer chance para reverter a situação. Para evitar a anarquia (ausência de ordem e de regras) criaram-se as regulamentações, códigos e leis cuja preocupação é basicamente defensiva.

A idéia do controle e da regulamentação é adotada tanto pelos adeptos da ordem estabelecida (conservadores) como pelos que pretendem mudá-la (os reformadores ou revolucionários) . Transplantada para a realidade da imprensa, temos na verdade dois tipos de regulamentação em conflito: a dos empresários que desejam baseá-la nas leis do mercado e dos sindicatos, que querem a proteção das leis e do estado. 

Os empresários sabem que sem base financeira não existe imprensa e portanto podem manejar o fluxo de informações a seu bel prazer. Isto ainda vigora, mas perde terreno na medida em que a internet deu os cidadãos o poder de publicar, a preços mínimos, quebrando a principal vantagem das indústrias da comunicação. Mas esta perda do monopólio da publicação é parcial, porque a inclusão digital ainda é um processo inconcluso.

Agora olhando para o outro lado, vemos que a experiência histórica nos tem mostrado que as comunidades sociais com alto índice de capital social, chegaram a este estágio dependendo mais da confiança entre seus integrantes do que na regulamentação e nas leis. Hoje, os estudos teóricos mostram que o capital social é a grande alavanca para o crescimento economico e não o contrário. 

O norte-americano Robert Putnam provou, com base em pesquisas em cidades italianas, que há uma relação direta entre riqueza economica e civismo. As cidades são ricas porque são cívicas e não o contrário. Isto mostrou que o capital social precede o crescimento econômico.

O capital social é um índice formado por três fatores, na definição de Putnam (*): confiança, comportamentos e relacionamentos. As pessoas confiam uma nas outras porque sabem que serão correspondidas, seguindo a tradicional regra do gentileza gera gentileza. A retribuição é um comportamento que vira norma, enquanto os relacionamentos garantem a propagação da confiança e da reciprocidade. 

Os estudos mostram também que o capital social reduz a necessidade de controles porque a confiança mútua torna a regulamentação menos necessária. Com isto as coisas funcionam melhor, a burocracia é menor, e os gastos com vigilância, justiça, polícia e repressão baixam consideravelmente, permitindo maior inversão social. Visto assim, é como se estivessemos falando de sociedades nórdicas em comparação às latino-americanas. 

Mas tudo isto é para mostrar que a questão da regulamentação e dos controles tem mais a ver com nossa visão de sociedade do que com questões pontuais, como por exemplo, se a Web deve ou não ser patrulhada. 

Deveriamos estar mais preocupados em discutir como aumentar o capital social de nossa comunidade, e menos em procurar controlá-la por leis e regulamentações que só aumentam a burocracia e os custos para manter estas leis e códigos. Parece utopia, e de certa forma é. Mas não adianta ficar só olhando as árvores, sem enxergar a floresta. (*) Maiores detalhes sobre o conceito de capital social desenvolvido por Putnam podem ser encontrados na apresentação Conceito de Capital Social. 

Depois de mais de 30 anos Caçador voltará a sediar os Jasc em 2012

CED aprovou município por 13 votos contra cinco de Joinville

Os abraços efusivos entre os 18 integrantes da comitiva de Caçador, no final da reunião do Conselho Estadual de Esporte (CED), nesta terça-feira, dia 9, na sede da Fesporte, em Florianópolis, era o sinal de que 32 anos de espera haviam valido a pena. O município do Centro-Oeste do Estado, que tem cerca de 78 mil habitantes, e que tinha realizado o evento em única vez, em 1978, venceu Joinville na escolha para ser a sede dos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc) de 2012. Dos 18 conselheiros presentes, 15 votaram a favor de Caçador e cinco confiaram sua escolha a Joinville.

Um dos mais eufóricos era o prefeito Saulo Sperotto. “Não esperava este placar tão dilatado, mas acredito que os conselheiros fizeram a escolha certa, pois muitos dos municípios situados próximos a Caçador, com pouco mais de três mil habitantes, terão uma oportunidade única para ver de perto os Jogos Abertos”.

E foi exatamente neste ponto – a oportunidade de comunidades pequenas de participar dos Jasc – que o prefeito Sperotto defendeu a candidatura de Caçador, que por sorteio foi a segunda a se apresentar. Em 55 minutos de apresentação, destinado aos dois municípios, o gestor apelou para o emocional, lembrando que as cidades no entorno de Caçador têm os piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) de Santa Catarina. O esporte, segundo o prefeito, pode ser um fator de mudança desta realidade, já que o evento servirá de incentivo e meta para muitos jovens nos próximos anos.

O gestor lembrou ainda que sua gestão já vem investindo recursos na ordem de R$ 1,8 milhões na área esportiva e de educação. O vídeo apresentado, com duração de dez minutos, mostrou praças esportivas, pontos turísticos da cidade e representantes da sociedade apoiando a candidatura do município.

Já a apresentação de Joinville, que não teve vídeo institucional, foi feita pelo presidente da Fundação de Esporte do Município, Jorge Nascimento. Se Caçador falou do baixo índice de IDH dos municípios vizinhos, para ganhar os votos dos conselheiro, os joinvilenses seguiram na direção contrária, preferindo destacar os altos índices de desenvolvimento da educação básica, o Ideb, que segundo Nascimento é o 23º melhor do país.

O dirigente também mostrou números relacionados a toda infra-estrutura da cidade, como uma rede hoteleira composta por 33 estabelecimentos e cinco hospitais públicos. Destacou principalmente todo o conjunto de esportivo da cidade, compostos por 35 praças de esporte, entre os quais a Arena de Joinville com capacidade para 22.400 pessoas. Para reforçar a candidatura, o prefeito de Joinville, Carlito Merss enfatizou o desejo da população joinvilense em realizar os Jasc mais uma vez. O município já foi sede da maior competição esportiva do Estado nos anos de 1963, 69, 86 e 92.

Jorge Nascimento fechou sua explanação, apresentando sua delegação, composta por 20 pessoas. A maioria ex-atletas como Margit Weise, que é hoje treinadora de atletismo e conselheira do CED, e que tem no currículo a Olimpíada de Moscou, em 1980, além do nadador Eduardo Fischer integrante do Brasil nas Olimpíadas de Sydnei 2000 e de Atenas 2004.

Após as apresentações, os 18 conselheiros votaram. Em seguida, o presidente do CED,  Hercílio Paraguassu, anunciou a vitória de Caçador por 13 a 5 para a festa da comitiva caçadorense. Uma comissão técnica formada por integrantes da CCO de Caçador, além de representantes da Fesporte, e profissionais especializados farão vistoria esporádicas aos locais de competições para ver o andamento de obras e os encaminhamentos que serão dados a partir de agora.


Antonio Prado
Fesporte – Assessoria de Comunicação