quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Regional do Festival de Dança Mário de Andrade já tem suas datas definidas

Mais de 14 mil estudantes de 577 escolas catarinenses participam do evento

A Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte) definiu nesta terça-feira (28), as sedes das etapas do Regional do Festival Escolar de Dança Mário de Andrade. O evento volta a ser realizado em 2010. O município de Iporã do Oeste receberá o Regional Oeste entre os dias 7 a 8 de outubro. Depois é a vez do Regional Centro Oeste em Ita, dias 10 e 11. A etapa Leste-Norte acontece em Ibirama dias 23 e 24 e por último, o Sul terá suas disputas entre 5 e 6 de novembro em Governador Celso Ramos.

O Festival Mário de Andrade teve, este ano, a inscrição de 14.425 estudantes (11 a 14 anos) de 577 escolas catarinenses, representando 211 municípios.

Alguns dos participantes estiveram, nesta terça-feira (28), no Ginásio de Esportes da Escola Municipal Antonio Francisco Machado, o Forquilhão, em São José, participando da etapa classificatória municipal. Cinco escolas concorreram. O primeiro lugar foi do Colégio Antônio Francisco Machado com a dança “Alma em Sombra”, seguido do Centro Educacional Renascer, em segundo, com “Dança Cigana”, e o Colégio Municipal Maria Iracema de Andrade, em terceiro lugar com a dança “Segue o Seco”. Todas as escolas classificadas pertencem ao município de São José. As duas primeiras colocadas disputarão a etapa Regional Sul do Festival no início de novembro.

Durante as disputas no Ginásio do Forquilhão participaram dois grupos convidados de escolas municipais de São José. O primeiro a se apresentar  foi o grupo de dança do Colégio Municipal Maria Luisa de Melo com a obra “Corre o tempo”. E o segundo o Centro Educacional Araucária com a dança “Na leveza da alma, a pureza do gesto”.

A jurada do festival, Letícia Gallotti, que é professora de balé clássico, gostou do evento em São José: “Já conhecia o Festival de Dança Mário de Andrade por nome e achei a proposta bastante interessante. Ver aquela garotada feliz participando foi gratificante”. João Biasotto, professor de dança de salão e também jurado concorda e acrescenta: “O nível me surpreendeu positivamente, principalmente porque sei que no nível escolar as dificuldade de infraestrutura são enormes e os alunos se superaram”.

Antonio Prado

A Midia comercial em guerra contra Lula e Dilma

Leonardo Boff*

Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o “silêncio obsequioso”pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o “Brasil Nunca Mais” onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.

Esta história de vida, me avalisa fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a midia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de idéias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.

Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando vêem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como “famiglia” mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública. São os donos do Estado de São Paulo, da Folha de São Paulo, de O Globo, da revista  Veja na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e xulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico, assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um Presid ente que vem deste povo. Mais que informar e fornecer material para a discusão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.

Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos, editorialistas e analistas não têm o mínimo  respeito devido  à mais alta autoridade do pais, ao Presidente Lula. Nele vêem apenas um peão a ser tratado com o chicote da palavra que humilha.

Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica produzindo.
Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma) “a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada, antiprogresssita, antinacional e nãocontemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo,  Jeca Tatu, negou seus direitos, arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação, conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que contiua achando que lhe pertence (p.16)”.

Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles tem pavor do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascedente como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de class e. Os de baixo devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o Presidene de todos os brasileiros.  Isso para eles é simplesmente intolerável.

Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados de onde vem Lula e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coroneis e de “fazedores de cabeça” do povo. Quando Lula afirmou que “a opinião pública somos nós”, frase tão distorcida por essa midia raivosa, quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da midia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à ditadura da palabra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes de informação e de opinião.

O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa de fizeram classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola, a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.

Outro conceito innovador foi o desenvolvimento com inclusão soicial e distribuição de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já beneficiados à custa das massas destituidas e com salários de fome. Agora ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. M as importa reconhecer que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção dos mais marginalizados.

O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que assiste, assustada, o fortalecimento da soberania popular que se torna crítica, não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática do Brasil. Vai  ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela VEJA faz questão de não ver, protagonista de mudanças sociais não somente com referência à terra mas também ao modelo econômico e às for mas cooperativas de produção.

O que está em jogo neste enfrentamento entre a midia comercial e Lula/Dilma é a questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocoloncial, neoglobalizado e no fundo, retrógrado e velhista ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos, antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes.

Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a despeito da má vontade deste setor endurecido da midia comercial e empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construido com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.
 
*teólogo, filósofo, escritor e representante da Iniciativa Internacional da Carta da Terra.


Eu não disse?

O desvio de dinheiro público na secretaria do Turismo que fiscalização do TCE apurou e que DC e o Estúdio SC (da RBS) noticiaram recentemente, é um desdobramento que não surpreende os leitores deste blog.

A surpresa está em que só agora tenha começado a repercutir na tal “grande mídia”.

Não gosto de me gabar, mas essa história do estranho uso dos fundilhos do LHS/Knaesel, com as suspeitas de irregularidade na distribuição de dinheiro e, principalmente, na prestação de contas, vem sendo tema de posts por aqui há muito tempo. Há anos.

Coloque, por exemplo, ali na caixa de pesquisa, no alto à direita, o nome “kanaesel”. Vai aparecer uma lista de tês páginas (cerca de 49 posts) e a maior parte das notas trata de coisas esquisitas relacionadas ao uso de dinheiro público em 2009 e 2010. Quem tiver tempo e disposição, pode também fazer a mesma coisa no endereço antigo deste blog, para cobrir o período de 2005 a 2008.

E não tem só lama e maledicências, porque também tentei, em alguns momentos, entender seriamente o que eram esses tais fundilhos, que permitem tantas suspeitas de desvio. Olha só o longo texto abaixo, publicado em 2009:

Cursinhos do Tio Cesar

O mecanismo dos Fundos

31 de janeiro de 2009, às 12:41
 
Tive esta semana uma esclarecedora conversa com o diretor de Políticas de Turismo, Cultura e Esporte da Secretaria dessas mesmas áreas (a do Knaesel), Eduardo Macedo.

Procurei-o porque andava muito curioso sobre a quantidade de eventos que pipocam, aqui e ali, sempre com graninhas de algum dos Fundos (Funturismo, Funcultural e Fundesporte).

Bom, é natural que a gente esbarre a cada esquina com algum evento que usa grana pública: atualmente há cerca de sete mil projetos na rua, aprovados nos três fundos da secretaria.

Quem aprova

Os fundos são administrados em parte pelos Conselhos que existem em cada uma das três áreas. Quase todos os projetos (“uns 95%”, segundo Macedo) foram examinados e aprovados pelos conselhos, que são órgãos compostos não só por servidores públicos, mas também por representantes de empresas e entidades afins.

O Conselho Estadual de Turismo é presidido pelo Fernando Marcondes de Mattos (Costão do Santinho) e tem 21 membros, dos quais uns sete ou oito estão ali por escolha do governador (os demais representam entidades que têm assento no conselho). Eles dão a aprovação final para os projetos que deverão receber a grana do Funturismo.

O Conselho Estadual do Desporto é presidido pelo Pedro Lopes, tem 21 membros, dos quais 6 da cota do governador. Aprovam os projetos do Fundesporte.

O Conselho Estadual de Cultura é presidido pelo Péricles Prade, tem 20 membros e 9 indicados pelo LHS. Aprovam, naturalmente, os candidatos ao Funcultural.
 
Claro que há uma equipe técnica da secretaria, que faz a triagem dos processos e checagem da documentação dos candidatos, para que os conselheiros não precisem perder muito tempo.

Como funciona
 
O dinheiro que os fundos distribuem é fruto de renúncia fiscal (e nisso se parecem muito com mecanismos federais como os da Lei Rouanet): as empresas deixam de pagar uma parte do ICMS devido ao governo e destinam esse dinheiro para algum projeto.

Até o final de 2008, os titulares dos projetos aprovados tinham que ir bater à porta das empresas para conseguir, delas, a doação da grana (na verdade, autorização para que o governo repassasse parte do imposto).

Agora em 2009 a coisa mudou: os titulares de projetos aprovados não terão mais que ir atrás da autorização nas empresas. O governo pagará diretamente os projetos aprovados, conforme suas disponibilidades (o Grupo Gestor é que tem a chave do cofre).

Esta nova modalidade tem seus prós e contras, segundo Macedo. A favor está a possibilidade de reverter um quadro distorcido dos incentivos: “as empresas preferem patrocinar festas, eventos e o resultado é que 90% dos projetos que conseguiram captar dinheiro referem-se a esse tipo de atividade”, diz ele.

Isto causa problemas sérios: em Florianópolis, por exemplo, muito mais útil do que dar dinheiro para festas, seria patrocinar projetos de capacitação profissional em turismo, que ajudassem a melhorar o nível dos serviços prestados na cidade. Mas não há projetos, porque não havia dinheiro para isso.

Como é feito o controle?

O governo admite que não tem como fiscalizar, diretamente e durante a execução, todos os milhares de projetos que estão sendo realizados em todo o estado.

Mas, ao final, é preciso prestar contas do uso do dinheiro e se esse uso foi feito de acordo com o que estava previsto no projeto aprovado. Quando há algum indício de irregularidade, é feita uma tomada de contas especial. Muitos projetos estão com suas contas sendo questionadas. Algumas centenas.

A força de um bom QI

O QI, vocês sabem, nada tem a ver com “quociente de inteligência”. Trata-se mesmo do nosso velho conhecido “quem indica”.

Por mais que o Macedo e outros dirigentes da secretaria afirmem que tudo se dá dentro da maior transparência e que os critérios são técnicos, com a decisão soberana de um Conselho plural, quem não nasceu ontem vê que não é muito difícil que alguém, com um bom QI, tenha seu projeto aprovado com maior facilidade que outros.

Isso não é uma coisa ruim em si (afinal, o governo deve ter liberdade de usar nosso dinheiro, dentro de certos limites, pra fazer o que acha que deve), mas torna mais complicada a vida daqueles que deveriam planejar a ação do Estado nas áreas da Cultura, Turismo e Esporte.

Imaginem se o cara, cuidadosamente, planejou algumas prioridades para este ano e no meio do caminho o governador inventa que o legal é organizar um mega-evento internacional de jogo de botão? Pronto, lá se vão alguns milhões de reais para uma atividade que não estava nos planos, mas que fará a alegria de quem teve a idéia e de quem realizará, mediante projetos específicos, esse sonho (ou pesadelo).

Então é isso. Precisa atrair turistas dos Estados Unidos e Portugal, usa o Funturismo para pagar uma empresa de Blumenau que fará isso. Precisa dotar Jurerê Internacional de alguma atração para o verão (afinal, ali quase nada acontece nesta época) usa o Fundesporte para montar uma arena poliesportiva com atrações culturais paralelas. Uma festa no CTG precisa de patrocínio? Usa o Funcultural para ajudar a preservar as tradições. E por aí vai.

Não é o máximo?

O cirquinho da CBF



O calendário Fifa com datas para jogos oficiais e amistosos de seleções é divulgado com a antecedência necessária para que as confederações possam adequar seus planejamentos. Parece que a CBF vive completamente divorciada do assunto, como se percebe a cada convocação da seleção brasileira.

Recentemente passamos pelo ineditismo de reunirmos, só para treinos, os escolhidos por Mano Menezes. A turma ficou durante uma semana na Espanha só batendo bola e enfrentando um sub qualquer coisa do Barcelona.

Agora a CBF repete a dose chamando jogadores, inclusive dos times envolvidos na fase decisiva do Brasileirão, sem que estivessem definidos os adversários para duas datas Fifa. Ficamos sabendo, logo depois desta nova convocação, que enfrentaremos duas poderosas seleções, a do Irã 57ª do ranking, e a da Ucrânia, 27ª.

O primeiro jogo, contra os iranianos, será dia 7, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos que, por sinal, tem sua seleção em 90º lugar no ranking da Fifa. Quatro dias depois o circo estará montado em Derby, uma pequena cidade do interior da Inglaterra, reduto de imigrantes ucranianos. A seleção brasileira jogará no pequeno Park Stadium, com capacidade para pouco mais de 33 mil torcedores.

Mesmo com as melhores seleções européias disputando as eliminatórias para a Euro 2012, com um mínimo de planejamento a CBF daria ao Mano Menezes coisa melhor para testar a nova seleção. Sem contar que os jogadores seriam poupados de viagens para os quintos dos infernos e os clubes, três rodadas desfalcados em partidas decisivas, teriam de volta seus craques menos desgastados.

Mas para que servem os clubes brasileiros a não ser para pagar taxas escorchantes à CBF, sustentar espetáculos mambembes e ajudar Ricardo Teixeira a arrecadar milhões de dólares em amistosos caça níqueis? 
 

ADV X RIO DO SUL SERÁ NA QUINTA

A partida que seria realizada na noite desta quarta-feira, em Videira, teve a data alterada a pedido da equipe do Meio-Oeste. O confronto entre as duas melhores agremiações do turno será na quinta-feira (30), às 20h15, no mesmo local, o ginásio Vermelhinho da SERP. Quem vencer subirá posições importantes na tabela de classificação da segunda fase.

Para o duelo, os riossulenses não terão os jogadores: Ceccatto, suspenso, Éder e Robinho, machucados. Já Videira poderá contar com o retorno do pivô Padilha, que estava contundido. Além disso, o clube acertou nos últimos dias a contração de três reforços. Dois já tiveram os nomes divulgados: Jonas, que veio do Rio Grande do Sul, e Thiaguinho, que estava no Florianópolis. O primeiro já atuou nas últimas duas partidas da ADV.

Do Esporte Alto Vale