domingo, 10 de maio de 2009

Liberdade de expressão, não de movimentação

O César Valente pescou pra mim a nota abaixo no site da rádio Jovem Pan-São Paulo. Antecipo que estou de acordo, claro, com a igualdade de direitos, mas sou contrário à costumeira invasão de repórteres ao campo de jogo. A CBF e federações já deveriam ter regulamentado com rigor o acesso ao gramado para evitar que os que estão verdadeiramente trabalhando acabem misturados e confundidos com um bando de penetras que muitas vezes está ali com a permissão dos próprios clubes mandantes.

O Maracanã, templo do futebol brasileiro, é o grande palco desta bagunça. Nos países onde existe mais organização e nas partidas sob jurisdição da Confederação Sul-Americana não existe tanta liberalidade. A presença de repórteres além dos limites das quatro linhas não é permitida e, em alguns casos, a proibição estende-se à entrada em campo.

“Os jornalistas esportivos da Jovem Pan conseguiram na Justiça o direito de entrevistar jogadores no campo durante as partidas do Brasileirão 2009. A Jovem Pan entrou na Justiça contra a decisão da CBF de só permitir o trabalho de repórteres da empresa que detém os direitos de imagem do evento porque entende que restrições que privilegiavam as emissoras de TV que transmitem os campeonatos ferem a liberdade de expressão.

O Juiz Luiz Bethovem Gifoni Ferreira, da 18ª vara civel de São Paulo, concedeu liminar autorizando que os repórteres da Jovem Pan façam entrevista nos campo durante os jogos do campeonato brasileiro, respeitando o limite de cinco minutos antes do apito inicial. A decisão é semelhante da adotada pelo juiz Carlos Henrique Abrahão, da quadragésima segunda vara civel de São Paulo que autorizava os jornalistas a entrevistar os jogadores no Campeonato Paulista. Esta é uma importante vitória: o direito à informação e a garantia do exercício profissional.”

O divã do "Imperador"

Quero nome e endereço do médico que em menos de 30 dias curou a depressão do Adriano. Vai ser competente assim lá no Rio de Janeiro. De tão triste, Adriano refugou um contrato milionário com a Inter de Milão e veio se esconder em uma favela carioca, rodeado dos amigos de infância, mingauzinho da mamãe, coisa e tal.

Conseguiu sensibilizar até o irascível Mourinho, um treinador que não costuma sorrir a toa para seus comandados. O clube milanês, penalizado com as atribulações emocionais do seu craque, acertou com o empresário do jogador, Gilmar Rinaldi, uma rescisão sem perdas e danos. Afinal, a urgência para a volta ao Brasil era grande.

Só não contavam os solidários com as aflições do Adriano, que em menos de um mês desde que anunciou seu momentâneo afastamento do futebol, ele já estivesse de clube e contrato novos, disposto a encarar treinos, concentrações, viagens e tudo o mais que a profissão exige e que o incomodava na Itália. Ah, o que não faz um bom divã na Cidade Maravilhosa.