segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Santa Catarina ganha dois ouros e dois bronzes no último dia das Olimpíadas Escolares Brasileiras


Handebol e vôlei masculino foram campeões da competição em Poços de Caldas

As modalidades de handebol e vôlei masculino garantiram ouro para Santa Catarina no final da tarde deste domingo, último dia de disputas das Olimpíadas Escolares Brasileiras na cidade de Poços de Caldas. O evento iniciou no último dia 11 de setembro com a presença de 24 estados e cerca de 3 mil atletas. A delegação catarinense composta por 144 atletas terminou a disputa com 23 medalhas (oito de ouro, três de prata e 12 de bronze).


No último dia de competições as equipes catarinenses disputavam medalhas nas modalidades de vôlei e handebol masculino, além dos dois naipes do basquete. Na partida mais disputada de toda a competição do vôlei masculino, a equipe da EM Erwin Prade de Timbó enfrentou o Colégio Christus do Ceará e depois de uma batalha que foi ao tie break e teve um terceiro set em 32 a 30, ficou com a medalha de ouro da competição. Com a vitória o time garantiu vaga no Sul-americano escolar que será em novembro no Equador.


No handebol masculino outro jogo emocionante e muita comemoração com o título da disputa. O grupo do Colégio São José de Itajaí venceu a partida por 15 a 9 contra a equipe CE Vicenti Tomazi do Paraná e soltou o grito de vitória que estava preso na garganta. No ano passado, o time também esteve nas Olimpíadas Escolares e mesmo sem perder nenhuma partida (venceu uma e empatou duas) não se classificou para as semifinais, causando muita frustração no grupo. O Colégio São José também está classificado para o Sul-americano Escolar.


As medalhas de bronze vieram nas modalidades de basquete masculino e vôlei feminino. O Colégio Evangélico Jaraguá disputou o bronze contra o Santa Mônica Cachambi do Rio de Janeiro e venceu a partida por 51 a 41 já na prorrogação.


Já o vôlei feminino da EEB Sara Kleinkauf de Guaraciaba ficou com o bronze na manhã deste domingo, após vencer a equipe de N. Senhora do Perpétuo Socorro do Mato Grosso, por 3 sets a 0.


Ainda o basquete feminino do CE Chapecó disputa o terceiro lugar neste domingo contra a equipe do Colégio Paulo Freire de São Paulo, mas foi derrotado por 33 a 53 e terminou a competição em quarto lugar.


A delegação catarinense retorna para o Estado na noite deste domingo, com as equipes chegando a suas respectivas cidades na manhã desta segunda-feira, dia 21.

Brasil encara o Irã nesta segunda-feira


Irã e Brasil se enfrentam nesta segunda-feira (21/9), em Teerã (Irã), às 17 horas (horário local 09:30 horário de Brasília). O confronto marca a abertura da série de jogos que os brasileiros farão em terras iranianas até quarta-feira (23/9): serão dois confrontos contra o time principal e um contra a equipe sub-23 do Irã. A primeira e a terceira partida ocorrem na capital iraniana, enquanto o segundo confronto, contra a equipe de base, será em Orumyie.

Para o técnico do Brasil, Marcos Sorato, as partidas terão um grau de dificuldade extremo. Espero jogos muito difíceis. Não poderemos treinar e estamos em um período de transição. Temos que ser competitivos e é isto que espero, declarou o treinador, fazendo referência ao fato de os atletas se apresentarem na madrugada desta segunda-feira, pouco mais de 12 horas antes do primeiro compromisso.

No último mundial, em 2008, o Irã ficou na quinta colocação, tendência confirmada pelo comandante técnico brasileiro. Não tenho dúvida de que os iranianos estão entre os cinco melhores do mundo. Já há algum tempo a equipe vem demonstrando força, como em 92, quando atingiu as semifinais da Copa do Mundo de Futsal, em Hong Kong. Isto só comprova que o trabalho é duradouro, relembrou Sorato.

O Irã tem jogadores defensivos muito fortes, mas além de defender bem a equipe tem um poder de ataque interessante, por isso é tão complicado atuar contra eles?, avaliou o treinador. Podemos destacar jogadores como Shamsaee e Taeri, além do goleiro Nazari. Não é por acaso que o Irã é hoje uma das principais forças do futsal mundial?, complementou.

Retrospecto

O duelo desta segunda-feira marca o segundo jogo na história entre Brasil e Irã em terras iranianas. O primeiro jogo foi realizado em 2004, quando houve empate em 4 a 4. Levando em consideração todos os confrontos ao redor do mundo, até o momento, foram 13 partida entre os dois países, com 11 vitórias verde-amarelas, e dois empates.

Neste ano, brasileiros e iranianos já se enfrentaram por três oportunidades, todas no Brasil. Foram duas vitórias do Brasil e um empate.

Um calendário para o Campeonato Brasileiro de futebol

Ao se contemplar a ideia de haver um calendário racional para o futebol nacional, ganha importância a definição criteriosa de como deve funcionar o Campeonato Brasileiro, principal competição da modalidade em nosso país.

O presente documento visa mostrar como essa competição deve ser estruturada.O maior acerto que já houve, em termos de calendário, no Brasil, foi a adoção do sistema de turno e returno e pontos corridos na realização do Brasileiro. A medida, adotada em 2003, revelou-se um acerto inequívoco, trazendo justiça, credibilidade e fácil compreensão para o certame.

Em 2003, o campeonato foi disputado por 24 agremiações. Em 2004, por 22. E, a partir de 2005, por 20. Esse número de disputantes, por divisão, também parece acertado. Se há bons argumentos para que sejam 22 ou 24 (e os há, já que alargar o número de participantes permitiria que mais mercados fossem contemplados, o que parece ter sentido em um país de dimensões continentais como o nosso), e também os há para que sejam 16 ou 18 (o que permite menos tempo de disputa e, portanto, maior período dedicado à pré temporada e jogos amistosos e excursões correspondentes), é fato que o número de 20 participantes por divisão é universalmente aceito, adotado na maioria dos campeonatos nacionais de expressão e, ademais, já se adota esse número no Brasil há cinco temporadas. Haver uma continuidade é algo positivo, razão pela qual aqui se defende que haja 20 clubes por divisão, mesmo.

Então, tem-se a fórmula certa e tem-se o número de participantes apropriado. Quer dizer, então, que está tudo certo com a principal competição do futebol brasileiro?
Em absoluto! Seis pontos precisam ser objeto de aperfeiçoamentos.

O primeiro deles é diretamente relativo ao calendário em si: jogar-se entre final de abril e início de dezembro de cada ano é um disparate, pois se joga só aos fins de semana em algumas época, em fins e meios de semanas em outras, se joga em meio à “janela” de meio de ano, o que faz com que os clubes percam seus principais jogadores durante a temporada; enfim, uma série de imperfeições estão contidas nesse modelo.

Qual a alternativa? Com a adequação ao calendário europeu, as 38 rodadas devem ser jogadas, 19 delas, na segunda metade de agosto e ao longo dos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro, e as outras 19, ao longo dos meses de janeiro, fevereiro, março, abril e na primeira metade de maio.

Com isso, se preenche a maior parte do período de competições do calendário adequado ao mundial (agosto a maio) com o Campeonato Brasileiro e, portanto, há atividade para toda a temporada regular para os 60 clubes que o disputam (20 da primeira divisão, 20 da segunda divisão, 20 da terceira divisão).

O segundo ponto é que, com a configuração atual, há jogos em meios de semanas, o que é prejudicial. A principal competição do calendário deve ser valorizada, e não será havendo jogos às quartas e quintas-feiras que se estará fazendo isso.

Portanto, as 38 rodadas serão divididas em 19 fins de semanas na segunda metade de agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro, e 19 fins de semanas de janeiro, fevereiro, março abril e primeira metade de maio.

Ao se garantir jogos somente aos sábados e domingos para o Campeonato Brasileiro se está estimulando incrementos de bilheteria, audiência e, indiretamente, de patrocínio, para os clubes.

Terceiro ponto: na tabela dos campeonatos brasileiros dos últimos anos, tem-se incorrido, por vezes, na prática de alguns clubes, jogarem-se três ou quatro partidas seguidas com o mando de campo, e outros, três ou quatro partidas seguidas sem o mando de campo. Isso não é interessante, nem do ponto de vista técnico, muito menos ainda do ponto de vista comercial.

No livro “Futebol Brasileiro: Um Projeto de Calendário”, de autoria deste escriba, há uma metodologia de elaboração de tabela para o Campeonato Brasileiro em que todos os clubes fazem uma sequência máxima de dois jogos seguidos com o mando de campo e de dois jogos seguidos sem o mando de campo ao longo de todo o campeonato, o que parece ser muito mais profissional que a situação atual.

Um quarto ponto é que a terceira divisão não é disputada em turno e returno e por pontos corridos – e deveria sê-lo.

Se regionalizar a terceira divisão reduz custos, a justificativa para não a fazer em pontos corridos, também reduz receita: competições de pontos corridos são as mais justas, as de maior facilidade de compreensão, as que trazem maior credibilidade e, em consequência, as com maior potencial arrecadador. E uma terceira divisão em pontos corridos acarreta um mínimo de 38 jogos para todos os clubes que dela participam – pela metodologia atual, há clubes que só realizam oito jogos.

Garantir que os clubes da terceira divisão façam 38 jogos é propiciar a eles atividades ao longo de toda a temporada, algo que não acontece com a terceira divisão sendo disputada nos moldes atuais.

Mais um ponto, o quinto: o acesso e descenso entre cada divisão não deve ser de quatro clubes, mas de cinco, incluso aí o fato de que os cinco primeiros colocados da Série A do Campeonato Brasileiro devem se classificar para a Taça Libertadores da América, e não os quatro primeiros (os clubes que chegarem entre a sexta e a décima colocação devem disputar a Copa Pan-Americana, sugerida em substituição à Copa Sul-Americana).

Fazer com que o acesso / descenso seja de cinco clubes, ao invés de quatro, propicia que clubes que estão em divisões menores tenham mais acesso às divisões maiores, o que parece propício em um país que tem cerca de 700 clubes profissionais, muitos deles com reconhecida tradição. Ademais, faz com mais clubes tenham objetivos a cumprir ao longo de todo o campeonato, impedindo que alguns deles joguem desmotivados nas últimas rodadas.

O sexto, e último, ponto é que se deve repensar datas e horários de jogos. Sobre datas, é de se esperar que jogos de uma mesma divisão sejam simultâneos, para que não haja favorecimento a algum clube. Sobre horários, é de se esperar que os jogos se deem ao “pôr do sol”, para que os atletas não sejam obrigados a incorrer em esforço físico demasiado.

Pode-se, portanto, pensar em fazer os jogos da segunda e da terceira divisões sempre aos sábados, às 18 horas. Os jogos da primeira divisão, assim como os do Torneio da Integração Nacional (uma espécie de quarta divisão), podem ser sempre aos domingos, também às 18 horas.
Como se vê, muito ainda se tem que trabalhar para que o Campeonato Brasileiro chegue no patamar que merece. Em isso acontecendo, pode-se crer que poderemos ter uma liga nacional das mais interessantes do planeta em nosso país!

*Luis Filipe Chateaubriand é autor do livro 'Futebol brasileiro: um projeto de calendário', pela editora Publit (www.publit.com.br)