quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Leonardo Boff e o projeto de Marina

Reproduzo artigo do teólogo Leonardo Boff, publicado no sítio da Adital: 


O Brasil está ainda em construção. Somos inteiros, mas não acabados. Nas bases e nas discussões políticas sempre se suscita a questão: que Brasil finalmente queremos? 
É então que surgem os vários projetos políticos elaborados a partir de forças sociais com seus interesses econômicos e ideológicos com os quais pretendem moldar o Brasil.

Agora, no segundo turno das eleições presidenciais, tais projetos repontam com clareza. É importante o cidadão consciente dar-se conta do que está em jogo para além das palavras e promessas e se colocar criticamente a questão: qual dos projetos atende melhor às urgências das maiorias que sempre foram as "humilhadas e ofendidas" e consideradas "zeros econômicos" pelo pouco que produzem e consomem.

Essas maiorias conseguiram se organizar, criar sua consciência própria, elaborar o seu projeto de Brasil e digamos, sinceramente, chegaram a fazer de alguém de seu meio presidente do país, Luiz Inácio Lula da Silva. Foi uma virada de magnitude histórica.

Há dois projetos em ação: um é o neoliberal ainda vigente no mundo e no Brasil apesar da derrota de suas principais teses na crise econômico-financeira de 2008. Esse nome visa dissimular aos olhos de todos, o caráter altamente depredador do processo de acumulação, concentrador de renda que tem como contrapartida o aumento vertiginoso das injustiças, da exclusão e da fome. Para facilitar a dominação do capital mundializado, procura-se enfraquecer o Estado, flexibilizar as legislações e privatizar os setores rentáveis dos bens públicos.

O Brasil sob o governo de Fernando Henrique Cardoso embarcou alegremente neste barco a ponto de no final de seu mandato quase afundar o Brasil. Para dar certo, ele postulou uma população menor do que aquela existente. Cresceu a multidão dos excluídos. Os pequenos ensaios de inclusão foram apenas ensaios para disfarçar as contradições inocultáveis.

Os portadores deste projeto são aqueles partidos ou coligações, encabeçados pelo PSDB, que sempre estiveram no poder com seus fartos benesses. Este projeto prolonga a lógica do colonialismo, do neocolonialismo e do globocolonialismo, pois sempre se atém aos ditames dos países centrais.

José Serra do PSDB representa esse ideário. Por detrás dele estão o agrobusiness, o latifúndio tecnicamente moderno e ideologicamente retrógrado, parte da burguesia financeira e industrial. É o núcleo central do velho Brasil das elites que precisamos vencer pois elas sempre procuram abortar a chance de um Brasil moderno com uma democracia inclusiva.

O outro projeto é o da democracia social e popular do PT. Sua base social é o povo organizado e todos aqueles que pela vida afora se empenharam por um outro Brasil. Este projeto se constrói de baixo para cima e de dentro para fora.

Quer forjar uma nação autônoma, capaz de democratizar a cidadania, mobilizar a sociedade e o Estado para erradicar, a curto prazo, a fome e a pobreza, garantir um desenvolvimento social includente que diminua as desigualdades. Esse projeto quer um Brasil aberto ao diálogo com todos, visa a integração continental e pratica uma política externa autônoma, fundada no ganha-ganha e não na truculência do mais forte.

Ora, o governo Lula deu corpo a este projeto. Produziu uma inclusão social de mais de 30 milhões, e uma diminuição do fosso entre ricos e pobres, nunca assistido em nossa história. Representou em termos políticos uma revolução social de cunho popular, pois deu novo rumo ao nosso destino. Essa virada deve ser mantida, pois faz bem a todos, principalmente às grandes maiorias, pois lhes devolveu a dignidade negada.

Dilma Rousseff se propõe garantir e aprofundar a continuidade deste projeto que deu certo. Muito foi feito, mas muito falta ainda por fazer, pois a chaga social dura já há séculos e sangra.

É aqui que entra a missão de Marina Silva com seus cerca de vinte milhões de votos. Ela mostrou que há uma faceta significativa do eleitorado que quer enriquecer o projeto da democracia social e popular. Esta precisa assumir estrategicamente a questão da natureza, impedir sua devastação pelas monoculturas, ensaiar uma nova benevolência para com a Mãe Terra.

Marina em sua campanha lançou esse programa. Seguramente se inclinará para o lado de onde veio, o PT, que ajudou a construir e agora a enriquecer. Cabe ao PT escutar esta voz que vem das ruas e com humildade saber abrir-se ao ambiental. Sonhamos com uma democracia social, popular e ecológica que reconcilie ser humano e natureza para garantir um futuro comum feliz para nós e para a humanidade que nos olha cheia de esperança.

Primeira Conferência de Basquete Feminino define estratégia para o desenvolvimento da modalidade

Karlovy Vary, República Tcheca (Campeonato do Mundo de Basquete Feminino FIBA 2010) -  Da primeira Conferência de Basquete Feminino resultou um forte voto de confiança para a adopção de estratégias de desenvolvimento da modalidade feminina a todos os níveis.

A conferência, que contou com representantes de 49 Federações Nacionais de Basquetebol dos cinco continentes juntou em Karlovy Vary, República Tcheca, entre 2 e 3 de Outubro, resultou numa declaração de duas páginas acordada por unanimidade por todos os participantes. 

O documento sublinha a necessidade de utilizar todas as oportunidades promocionais da FIBA e melhorar a participação das mulheres no basquete, reforçando a importância de manter o equilíbrio entre ambos os sexos e permitindo oportunidades iguais.

De entre os diversos pontos aceites pelos participantes, se destacam:
A importância de ter jogadoras, treinadoras, árbitras, administradoras como modelos de vida para as mulheres e jovens 
A necessidade de criar oportunidades para as jovens e mulheres poderem participar no basquete como elemento essencial para assegurar a sua saúde e bem estar 

A conferência prometeu, em nome de toda a família do basquete, aumentar os esforços para melhorar a imagem do basquete feminino através de medidas que incluem:
Aumento de atividades, programas e financiamento para apoiar as jogadoras de basquete e criar mais competições femininas de basquete em todas as federações membro da FIBA quer a nível nacional quer regional, em todas as estruturas e clubes. 
Integrar mulheres em todas as áreas de governação e administração do desporto, incluindo em conselhos de governação e comissões organizativas de basquete. 
Foi pedido à sede da FIBA em Geneva que inicie de imediato alguns testes práticos e debates junto dos corpos da FIBA sobre um conjunto de tópicos chave:
Aumento de recursos alocados ao basquete feminino 
Diminuição da altura das cestas de basquetebol para todas as competições oficiais de basquete feminino 
Desenho e regulamentação dos uniformes para as jogadoras 
Desenvolvimento de programa especial para a especialização de jornalistas em basquete feminino 
Implementação de Campos de Formação Feminina a nível continental semelhante ao programa Basquete Sem Fronteiras 
Por fim, foi proposto ao Conselho da FIBA que se realize a Segunda Conferência de Basquete Feminino ao mesmo tempo que o próximo Congresso Mundial da FIBA em 2012.

O Secretário Geral da FIBA e membro do Comitê Olímpico Internacional (COI) Patrick Baumann refere-se à conferência: " esta é a primeira vez que uma Conferência de Basquete Feminino resulta num debate aberto à discussão de temas e desafios chave ao basquete feminino. Mais importante ainda é daqui resultar uma declaração que inclui medidas concretas que serão adotadas para melhorar o basquete feminino e o papel das mulheres no basquete."

"No entanto, só poderemos falar sobre o sucesso desta conferência quando as medidas que saíram daqui estejam completamente inmplementadas e começarmos a ver os benefícios das mesmas naqueles que nelas votaram. Agora depende de todos nós o cumprimento destas promessas."

Sobre as possíveis alterações às regras do basquete jogado por mulheres, Baumann afirma: "Temos uma modalidade para mulheres que é bem sucedida e que gera interesse. Mas todos os participantes desta conferência afirmam que o jogo feminino ainda não atingiu o seu real valor, que ainda há poucos países a competir de modo consistente ao mais alto nível e que existem diferenças entre o desporto masculino e feminino. Necessitamos por isso olhar para as diversas possibilidades de aumentar o interesse pelo basquete feminino quer dentro quer fora do campo. Rever o calendário de competições, a forma como as jogadoras se vestem e reconsiderar a altura da cesta são algumas das formas possíveis que pensamos que poderão ajudar a alcançar melhores resultados."



Sobre a  FIBA

A FIBA (www.fiba.com), entidade mundial reguladora do Basquetebol, é uma associação independente formada por 213 Federações Nacionais de Basquetebol de todo o mundo. É reconhecida como a única autoridade competente no Basquetebol pelo Comité Olímpico Internacional (COI). Para mais informação sobre a FIBA e suas competições, po favor visite:     www.facebook.com/fibaworld, twitter.com/fibaworld e www.youtube.com/fibaworld.

Krona se prepara para decisão diante da Malwee

Com o pensamento de avançar às semifinais da maior competição de futsal do país, a Krona/Joinville/DalPonte vem mantendo a concentração e o esforço diário no trabalho. Depois de empatar por 2 a 2, com a Malwee/Cimed, na partida de ida das quartas de final da Liga Futsal 2010, o time joinvilense foca as atenções no jogo da volta. O duelo decisivo será na sexta-feira (8/10), às 19h, em Jaraguá do Sul. 

O classificado será aquele que vencer o duelo no tempo normal e por qualquer resultado. Em caso de novo empate, a partida seguirá para a prorrogação, persistindo a igualdade no placar, a vaga será decidida nos pênaltis. Com objetivos traçados desde o início da temporada, a Krona não se intimida em decidir a vaga fora de casa. 

“Quem está buscando o título joga sempre para vencer. Mesmo em Jaraguá do Sul, a Krona vai jogar pela vitória, é a nossa intenção conquistar esta competição nacional”, disse o ala Fernando, uma das apostas da equipe joinvilense para o clássico decisivo.

Além da parte física e tática, a comissão técnica da Krona tem trabalhado o psicológico dos jogadores visando outro excelente desempenho diante dos rivais de Jaraguá do Sul. “Temos de ter força mental suficiente para saber que esta semana é a mais importante da temporada até o momento. Vamos estudar ainda mais o adversário e manter a concentração desde já”, destacou o técnico Paulo Cardoso.

Com informações de Renan Pereira – Assessor de Imprensa da Krona/Joinville/DalPonte