domingo, 26 de abril de 2009

O equilíbrio da final

A decisão do Catarinense apontou, sem dúvidas, os dois melhores times do campeonato. Chapecoense e Avaí fizeram campanhas muito parecidas. Foram equipes que apresentaram pouca instabilidade, mantiveram uma certa regularidade desde o início da competição. No turno, o Verdão ficou na frente, em quinto lugar, com os mesmos 13 pontos do sexto colocado Avaí. A diferença foi no saldo de gols – 3 a 1 para a Chapecoense.

No returno, ambos cresceram. O Avaí sagrou-se campeão com 22 pontos e a Chapecoense ficou em segundo com 20. No quadrangular final, mais uma vez o Leão ficou na frente, mas pela mínima diferença no saldo de gols (2 a 1). Em pontos, tudo igual: 11 a 11. A diferença na classificação geral neste momento, onde os dois aparecem nas primeiras colocações, é de um empate. O Leão soma 46 pontos (um ponto obtido pelo título do returno) e a Chapecoense 45, ambos com 13 vitórias.

Os números só comprovam que não há favorito para a decisão que começa neste domingo, principalmente porque saldo de gols não é critério de desempate. Quer dizer, mesmo que a Chapecoense repita os 5 a 1 do returno, o Avaí só vai precisar de 1 a 0 no jogo de volta, na Ressacada, para levar a decisão à prorrogação, onde tem a vantagem do empate por ter feito melhor campanha no geral.

Os pontos fortes

Na Chapecoense, o que fez a diferença e levou o time à final foi o artilheiro Bruno Cazarine. Foram 17 gols dos 45 que o Verdão marcou no estadual. Fora isso, a forte marcação e a voluntariedade dos jogadores determinaram a boa campanha dos comandados de Mauro Ovelha. Aliás, o treinador tem um papel muito importante. Ajudou a formar uma equipe competitiva mesmo sem um investimento alto.

Já o Avaí tem um elenco forte. Manteve a base que conquistou o acesso à Série A no ano passado e o técnico Silas. Fora isso, apostou em Medina, revelação das categorias de base, e conseguiu contratar jogadores de qualidade. O Avaí cresceu na hora certa, na reta final do campeonato, e desequilibrou com seus talentos individuais.

Os pontos fracos

Falta a Chapecoense bons substitutos. Se Bruno Cazarine ficar fora do jogo final, por exemplo, o time fica sem um centroavante de ofício. Outro ponto fraco no momento é o volante Everton Cezar, que esteve muito bem e fez a diferença em boa parte do campeonato e não passa por boa fase.

O Avaí tem um problema de finalização. O atacante Lima tem boa presença de área, faro de matador, mas não está correspondendo quando tem que colocar a bola na rede. Talvez isso pese na hora da decisão.

Palpite

Penso que a Chapecoense ganha o primeiro jogo. Depois a história pode ser outra dependendo da volta, ou não, de jogadores que foram vetados pelo departamento médico do Avaí.

Taça Brasil terá campeão inédito em 2009

As semifinais da 18ª Taça Brasil de Clubes, categoria adulta feminina, serão disputadas neste sábado (25/4). Em quadra, a UnoChapecó/NTozzo/Female (SC) encara o Ninho de Águias (AM), às 14h30, enquanto no jogo de fundo duelam Unopar/FEL/Sercomtel (PR) e Hidráulica Brasil (GO). Os confrontos ocorrem no ginásio da Unopar, em Londrina (PR).

Amazonenses e goianas tentam ameaçar o domínio das sulistas nesta edição da competição. As duas equipes do sul foram as primeiras colocadas de seus grupos e agora tentam confirmar as boas campanhas da etapa classificatória da fase decisiva para fazer uma final caseira.

Tanto Ninho de Águias, quanto a Hidráulica Brasil estão pela segunda vez em uma semifinal de Taça Brasil. As nortistas, que tem como destaque a fixo Tássia, com 3 gols marcados, igualam o feito obtido em 2004, coincidentemente em Londrina (PR), quando chegaram em quarto lugar naquela edição da Taça Brasil.

Pelos lados do time de Goiânia, a expectativa é mostrar evolução. O time chegou à fase semifinal do campeonato no ano passado, na ocasião o clube foi eliminado pelo Jaguaré/Palmeiras/Osasco (SP), com uma derrota por 2 a 0. Na sequência da competição, realizada em Chapecó (SC), as paulistas foram campeãs, vencendo a Nacional Gás/Unifor (CE), na final, por 3 a 2.

Independente da região do clube que conquistar a Taça Brasil deste ano, um feito histórico será registrado, uma vez que nenhuma das quatro equipes têm em seus currículos o título da competição mais tradicional do salonismo feminino no Brasil.

A torcida pode e deve cobrar

A ascensão à série A do Brasileiro virou filme antigo, passou faz tempo. A comissão técnica e alguns jogadores do Avaí parece que ainda não se deram conta e assumiram uma postura beirando à irresponsabilidade nesse final do Catarinão. Silas fez experiências em jogos importantes, o time se acomodou com a classificação antecipada à decisão, e o resultado são duas derrotas consecutivas, uma delas para a Chapecoense, adversário da final e especializado em tirar o pão da boca do Leão. A violência da torcida é condenável, mas as vaias e a cobrança são válidas e estão plenamente justificadas diante da soberba que tomou conta dos bastidores da Ressacada. Para azar do Joinville que chegou à última rodada do quadrangular dependendo de resultados alheios.

Vitória sobre o Ninho de Águias leva Female à final

A UnoChapecó/NTozzo/Female (SC) está classificada para a final da 18ª Taça Brasil de Clubes de Futsal, categoria adulta feminina. O time venceu o Ninho de Águias (AM), por 2 a 0, na tarde deste sábado (25/4), no ginásio da Unopar, em Londrina (PR).

Agora a Female aguarda o classificado do duelo entre Unopar/FEL/Sercomtel (PR) e Hidráulica Brasil (GO), que ocorre na sequência, às 16 horas. A final da 18ª Taça Brasil Feminina ocorre neste domingo (26/4), ao meio-dia.

No jogo, as atuais campeãs da Liga Futsal Feminina começaram o jogo impondo uma pressão, mas esbarraram na marcação eficiente das amazonenses e na boa atuação da goleira Ciana. O Ninho de Águias passou a apostar nos erros das sulistas para tentar surpreender, porém quem se aproveitou de uma falha rival foi a Female, que abriu o marcador com Cely, aos 12min55.

Após o gol, o time de Manaus ameaçou por algumas vezes à meta defendida por Giga Paraná, porém a goleira chapecoense também mostrou bom desempenho e evitou que as adversárias chegassem à igualdade.

Na etapa complementar, o panorama dos minutos finais do primeiro tempo se repetiu, ainda com certo domínio do jogo, as catarinenses criaram chances para ampliar, e viram as rivais produzirem algumas oportunidades para igualar o marcador. Faltando quatro minutos para o término da partida, a fixo Tássia passou a exercer a função de goleira-linha.

A tática, no entanto, não surtiu o efeito esperado, e o volume de jogo das amazonenses não foi suficiente para ameaçar a UnoChapecó, que fechou o marcador aos 38min06, com um tento da ala Vanessa, artilheira da fase decisiva, com sete gols. ?Entramos cautelosas, pelo fato de não conhecermos bem nossas adversárias, por isso foi um jogo tão amarrado. Conseguimos fazer dois gols, mas perdemos muitas chances?, avaliou a fixo Valéria, capitã da equipe.

Pelos lados do Ninho de Águias, a fixo Tássia, artilheira da equipe na fase decisiva com três gols, lamentou a falta de um melhor preparo físico. ?O time se postou bem em quadra, suportou bem o jogo adversário, mas o cansaço atrapalhou um pouco. Apesar da eliminação estamos de parabéns pela campanha e vamos trabalhar forte para fazer tentar repetir a campanha no próximo ano, declarou.

Unopar se impõe, vence a Hidráulica e está na final

A Unopar/FEL/Sercomtel (PR) é finalista da 18ª Taça Brasil de Clubes de Futsal, categoria adulta feminina. O time paranaense que sedia a fase decisiva da competição fez valer o fator casa e bateu a Hidráulica Brasil (GO), por 4 a 0, na segunda semifinal, disputada neste sábado (25/4), no ginásio da Unopar, em Londrina (PR).

Neste domingo (26/4), as donas da casa enfrentam a UnoChapecó/NTozzo/Female (SC), que venceu o Ninho de Águias (AM), por 2 a 0, na outra semifinal. A decisão da edição deste ano da Taça Brasil ocorre ao meio-dia, no ginásio da Unopar, em Londrina (PR), envolvendo duas equipes que tentam o primeiro título do campeonato mais tradicional do salonismo nacional.

Empurrada pela torcida, as londrinenses começaram melhores. As goianas tentaram se resguardar para sair em velocidade para surpreender as adversárias. Porém, em um contra-ataque quem acabou surpreendida foi a Hidráulica Brasil. Jayne recebeu de frente para a meta e abriu o marcador, aos 6min29.

Com a desvantagem no placar, o time do Centro-Oeste passou a sair mais para o jogo, porém os sucessivos erros de passes no ataque impediram que jogadas contundentes fossem construídas. Aos 17min16, Desirée ampliou para as anfitriãs, que levaram uma vantagem de dois tentos para o intervalo.

No segundo tempo, Lorena tocou com a mão na bola dentro da área e cometeu pênalti. Jaque cobrou e deslocou a goleira Mônica, aos 26min20. Com a classificação definida, a Unopar passou a dosar as ações, ainda teve tempo para fazer o quarto gol, com Drielle, que recebeu passe de Desirée e chutou no ângulo, aos 34min03.

Jogamos com inteligência. Nos jogos anteriores estávamos sob muita pressão e na preleção hoje a Vanda (Sanches, técnica da Unopar) pediu para que jogássemos com inteligência. Conseguimos seguir as instruções dela, revelou a pivô Drielle, autora de um dos gols na semifinal.

Para a ala Hélida, da Hidráulica Brasil, os detalhes impediram que a equipe chegasse à decisão.Jogamos bem, mas não conseguimos marcar os gols. Também não podemos tirar o mérito das adversárias, que jogaram em casa e fizeram um belo jogo. Não vamos lamentar, foi uma boa campanha e só não chegamos por detalhes, pontuou.