domingo, 7 de setembro de 2008

Atualmente a política-partidária é a arte do enganar

Por Jilson Carlos Souza (*)

Cada eleição que passa a política-partidária se afasta de seus objetivos originais, e cada candidato a vereador ou a prefeito se supera em enganar, driblar, iludir, ludibriar, tapear ou embair os eleitores, isso vem acontecendo em Fraiburgo e creio que não seja difícil encontrarmos casos semelhantes em todos os 5563 municípios de nossa terra Brasilis.

Podemos destacar vários casos ou situações, porém vejamos o caso de um candidato a vereador da cidade de Fraiburgo. Nos últimos quatro anos o partido dele, “administrou” Fraiburgo, e ele esteve à frente da Fundação Municipal de Esportes – FME. Quando esse “dileto senhor” assumiu a referida função, Fraiburgo estava em 6º lugar na classificação da categoria OLESC, ou seja, era “a sexta potencia esportiva na categoria até 16 anos no estado de Santa Catarina”. Quatro anos depois, Fraiburgo está na 30ª colocação posição alcançada na ultima edição da OLESC realizada na cidade de Criciúma. (os dados citados acima podem ser encontrados no seguinte endereço eletrônico: http://www3.sol.sc.gov.br/fesporte/atividades/olesc/indexolesc.htm).

Ouvido o horário da propaganda eleitoral gratuito em Fraiburgo, pela rádio local, escutei por acaso “o dileto senhor” citado acima, fazendo uso da palavra, pois o mesmo é candidato a vereador, ele fez uma breve introdução de sua parca história de vida e começou a dizer que nos últimos quatro anos de sua vida, dedicou-se dia e noite ao esporte amador Fraiburguense e que Fraiburgo tinha avançando no esporte amador e certamente avançaria muito mais, caso ele fosse eleito vereador (peço desculpas por não lembrar das palavras textuais). Então passei a me perguntar: Será que o “nobre candidato” a vereador não conhece os dados acima? Será que ele esta agindo de ma fé? E logo conclui, o problema não está somente neste candidato a vereador, a política-partidária passa por uma crise profunda de valores bem como a democracia representativa e ambas tornaram-se a arte do enganar.

(*) Jilson Carlos Souza
Educador da Rede Estadual de Ensino
Acadêmico de história e filosofia

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