sexta-feira, 1 de maio de 2009

Mais uma da FESPORTE

Abaixo transcrevo nota do blog Batendo Forte, do jornalista Mário Medaglia, que denuncia uma prática mafiosa da Fesporte, órgão do governo da transparência, braço nada atlético do secretário Knaesel e do governo LHS:

“Fui contratado pela Federação Catarinense do Desporto Universitário – FCDU - para trabalhar em Chapecó de terça-feira a domingo nos Jogos Universitários. Missão: coordenar a divulgação desta importante competição classificatória para a Olimpíada Universitária Brasileira que será disputada em Fortaleza de 14 a 23 de agosto.

Nem cheguei a botar o pé na estrada porque um diretor da Fesporte, parceira da FCDU na execução do evento, vetou minha participação na assessoria de imprensa, que ficou a cargo de um profissional da casa.

As explicações deste cidadão para o veto ao meu trabalho e à minha presença em Chapecó foram supostas críticas que eu teria feito aos atuais dirigentes da Fesporte, chamando-os de ladrões. Podem vasculhar meu blog, nunca fui além da crítica a determinados procedimentos, o que, por conhecimento de causa, tenho o direito e o dever de fazer como jornalista que vive o esporte catarinense há quase 40 anos.

O desrespeito à minha história profissional está registrado nas palavras ameaçadoras transmitidas por este dirigente ao presidente da FCDU, Manoel Rebelo, intimado a me demitir antes que eu pudesse levar adiante a segunda etapa do meu trabalho, iniciado semana passada durante o Congresso Técnico da competição: “onde a Fesporte estiver o Mário Medaglia tem que passar longe, caso contrário está desfeita nossa parceria”.

Para completar seu serviço sujo só restou ao meu detrator envenenar o diretor geral da Fesporte, Cacá Pavanello, tarefa cumprida com sucesso.”

Vejam que não se trata de não querer contratar o desafeto, trata-se de ameaçar, com o rompimento do convênio, a entidade que o fez. E o contratou porque poucos jornalistas, em Santa Catarina, têm acompanhado o esporte como o Medaglia. É provavelmente um dos que esteve no maior número de Jogos Abertos, jornalista conhecido e respeitado nacionalmente. O gesto pusilânime da Fesporte configura perseguição pura e simples, sacanagem do mais baixo nível.

MUITO A EXPLICAR

Fosse este um estado sério, com gente ciosa do valor e da importância do dinheiro dos impostos, a Fesporte e os organismos semi-parasitários que orbitam por lá estariam sob investigação há muito tempo.

omemos, por exemplo, a Unesporte, uma fantástica organização social que tem assumido tarefas que anteriormente eram executadas pela Fesporte. No Diário Oficial do último dia 7 (pg 21) o governo informa que deu R$ 600 mil do Fundesporte para que essa entidade organize um festival de esporte e lazer que irá animar as arenas e outros espaços multiuso que o governo da descentralização construiu estado afora.

Ora, basta uma olhada na lista de gestores da Unesporte para ver que boa parte da direção é formada por conselheiros do Conselho Estadual de Esporte (órgão gestor do Fundesporte) e gente da Fesporte. Muitos dos caras que examinaram e aprovaram a verbinha acima, serão aqueles que se beneficiarão dela, para prestar (ou não) o serviço.

Se isso não é indício de uma certa promiscuidade, então não sei mais o que é promiscuidade.

E é essa gente, que faz todos esses acertos (lembram-se do Espaço Jurerê?), que se dá ao trabalho de patrulhar a FCDU para que não empregue um jornalista competente e independente. A independência, no jornalismo, é sem dúvida o principal crime aos olhos dos imbecis que gravitam em torno dos carguinhos, das verbinhas, sempre se enredando na fina teia que separa o público do privado.

Como, tal e qual dependentes químicos, eles não conseguem e não podem levar uma vida profissional sem que sempre tenham algo a esconder, o melhor é tentar calar os jornalistas, impedindo-os de trabalhar.

Nenhum comentário: