Os jogos da Primeira Divisão estavam suspensos desde o final de setembro, depois que a Marka/Bastos/Pinheiro entrou como mandado de garantia junto ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva da Confederação Brasileira de Futebol de Salão (STJDCBFS), pedindo manutenção do WO. No pedido, a Marka já desclassificada questionou o WO recebido pelo Moitas de Ituporanga em 7 de setembro, em Lages, que havia sido anulado pelo presidente da Federação Catarinense, João Carlos de Sousa. Em instância superior, a Marka teve o pedido deferido e foi reintegrada à competição, pegando a vaga que seria do Inter.
Na sexta-feira (4) o presidente do STJDCBFS, Carlos Tolstoi, enviou um e-mail para a Federação Catarinense dando conta que a entidade superior comprovou a remontagem do Tribunal de Justiça (que não funcionava desde 2008) e por liminar autorizou a continuidade da competição. Com base nesta liminar, a Federação divulgou a tabela.
O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva de Santa Catarina, Alexandre Monguilhot, explicou que o tribunal não faz tabela, apenas define processos cujos resultados podem refletir na organização da competição. Comentou que o Tribunal de Justiça analisa as matérias que forem de sua competência e que o restante passa pela apreciação da comissão disciplinar. “Esta semana começo a despachar. Sei que são números significativos. Até o final do ano todos serão julgados”, adianta Monguilhot destacando que muitos devem estar prescritos.
Ele lembrou ainda que não tem conhecimento do processo que envolve a Marka e Moitas, mas garantiu que a divulgação da tabela atende a determinação do STJD e que somente a ausência do tribunal era o que impedia a competição de ser realizada. Salientou que nem tudo que consta no regulamento da competição pode ser seguido à risca. “Em caso de WO, uma justificativa plausível pode atenuar a pena, por exemplo, tem de ser analisada pelo tribunal sempre”, alerta o presidente. “Quem se sentir prejudicado pode requerer seus direitos ao tribunal”. Se o Inter impetrar o mandado de garantia a medida não assegura a paralisação da competição. “Ele (presidente do tribunal) terá que dar um despacho. Pode por meio de liminar suspender a competição ou não. Ou pode ainda pedir mais informações para o presidente da federação, João Carlos de Sousa” explica o presidente do STJD, Carlos Tolstoi, observando que o Inter ou qualquer time pode questionar o tribunal sobre a justificativa do Moitas quando houve o WO. “Tudo que for fato novo tem que ser julgado. Se o clube não ficar contente cabe recurso para cá (Fortaleza)”, conclui. De qualquer forma os jogos programados para hoje estão valendo. Às 20h15min, a Marka recebe Rio do Sul, no Ivo Silveira e na quinta-feira (10) espera o Moitas de Ituporanga. A Marka volta a jogar em casa dia 18 quando fecha a fase diante do Chapecoense.
Entenda o caso
O WO do Moitas de Ituporanga ocorreu no dia 7 de setembro, no ginásio Ivo Silveira, em Lages. O Moitas não entrou em quadra alegando falta de segurança. O policiamento foi reforçado, mas a equipe se recusou a jogar. O delegado do jogo, Fabrício da Purificação, diante da recusa caracterizou o WO. O presidente da Federação Catarinense João Carlos de Sousa sustou o WO e puniu a Marka/Bastos/Pinheiro com perda de mando de quadra, sem submeter o caso ao Tribunal de Justiça Desportiva Catarinense. Ele marcou uma nova partida em Santa Cecília que apontou 4 a 4, com o empate a Marka foi desclassificada. Inconformada com os atos do presidente, a Marka entrou com mandado de garantia no STJDCBFS em Fortaleza. A Marka foi reintegrada à competição deixando o Inter de fora. O STJD tomou conhecimento da falta de tribunal na federação e por conta disso suspendeu a competição até que ele fosse restaurado. Só sexta-feira (4) a entidade teve o aval do superior e pôde retomar os jogos.
Fonte:Correio Lageano
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