Monguilhott, que deverá responder pelo TJD do futsal catarinense, confirmou, por e-mail, que o convênio foi feito, e na quarta-feira foram atendidas as reivindicações do STJD. “Tais reivindicações, que eu particularmente considero justas, principalmente pelo fato de na composição do citado STJD não existir nenhum auditor com conhecimento específico sobre o sistema desportivo catarinense”, comentou. Questionado sobre as decisões que terá de tomar sobre os oito clubes na fase final da primeira divisão, que está parada (nove clubes esperam a decisão) e a forma como será a disputa, não quis dar detalhes.
“Acerca das decisões ainda é cedo para antecipar, não gostaria de tecer qualquer comentário antes de que o TJD/SC estivesse inteirado sobre o que existe de fato no futsal catarinense”, disse, garantindo imparcialidade na avaliação, respeito aos prazos e trâmites processuais. “A celebração de convênio para que a justiça desportiva do futsal seja comandada pelo TJD/SC atende a vários requisitos legais, avaliados por pessoas conhecedoras da matéria jurídica de fato”, conclui.
O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Carlos Tolstoi, afirma que não recebeu nenhum documento para verificar se as determinações foram atendidas. “Recebi cópias do convênio por e-mail, mas preciso do original por escrito, porque eu não decido sozinho”, explicou. De acordo com o departamento de protocolo da Confederação, na quinta-feira chegou um material para o STJD, da Federação Catarinense. É possível que na segunda-feira o Superior tenha uma decisão sobre o Convênio da Federação com a Fesporte e o Tribunal comece a funcionar.
A Confederação pretende retomar o programa de Padronização da Justiça Desportiva, de 2005 e 2006, quando visitou 17 das 27 Federações pelo País. Depois do que aconteceu em Santa Catarina, que desde 2008 operava sem Tribunal de Justiça, procurou informações sobre outras entidades no Brasil.
“Pedimos, há 60 dias, para todas as Federações que encaminhassem a composição do Tribunal, com e-mail, telefone e endereço do presidente, apenas Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Bahia responderam”, lamentou, completando: “é um descaso total e absoluto, por isso em 2010 devemos voltar a visitar os estados”. O fato de o futsal não ter o foco da mídia, como o futebol por exemplo, contribui para arbitrariedades e irregularidades. Para moralizar as Federações, Tolstoi acredita que é preciso mais participação da sociedade. “A Ordem dos Advogados do Brasil por meio da sua comissão de esporte no Estado pode ajudar na montagem desses Tribunais, pois é um campo de atuação para os advogados”, comenta.
Cansados de esperar os dirigentes de clubes da primeira divisão em Santa Catarina se reuniram para tentar um acordo de cavalheiros. Uma reunião foi convocada pelo time de Chapecó, e aconteceu na sede da Federação Catarinense, em Florianópolis. “Queriam fazer uma mudança na forma de disputa. Eu disse não, porque é perigoso, acabaram fazendo uma reunião em vão”, comentou o presidente da Federação, João Carlos de Sousa. Sem esperar o Tribunal ser constituído João já decidiu que os oito primeiros estão dentro, que o Inter Futsal está fora. “Com o WO da Marka sendo validado, a equipe ganhou os pontos e está de volta ao campeonato, assim, o Inter está fora”, comentou. O Moitas (Ituporanga) não entrar em quadra em Lages gerou uma série de ações que acabaram com a paralisação da competição e determinações do Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
Na situação atual, com a “decisão” do presidente da Federação, o Inter Futsal/Uniplac é o mais prejudicado, o presidente do clube, Nelson Rodrigues promete buscar os direitos na Justiça. “Vou lutar pelo meu time até o último segundo, até a equipe de Ituporanga quer o Inter na competição”, desabafa.
Fonte:Correio Lageano
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