sábado, 26 de junho de 2010

Gana ganha, PMDB empaca

Para quem esperava alguma surpresa, não foi lá um sábado de muitas emoções. Os EUA sucumbiram (de novo!) para a seleção de Gana, agora alçada a uma espécie de “dona da casa”. Era preciso (como foi) muito mais que habilidade e sorte, para impedir que o único time africano fosse adiante. E antes que alguém leia nas minhas palavras um subtexto conspiratório, permita-me dizer que não é possível que séculos e séculos de estreito relacionamento com as entidades sobrenaturais das inúmeras religiões e seitas africanas, não tenham rendido pelo menos uma proteção mínima contra a derrota nas oitavas.

E quanto ao PMDB, rachado estava, rachado continuou. Alguns estão contabilizando como lucro o fato de agora saberem o tamanho da rachadura. E se antes havia incerteza sobre o que pode acontecer no relacionamento com o governo federal, agora a incerteza continua. Também não foi surpresa ver que teve todo tipo de choro:

a) Do militante desesperado porque os convencionais do DEM eram menos numerosos que os do PMDB e mesmo assim o partido maior será vice do menor;

b) Do prefeito de Marema, que caiu do palanque e teve que esperar, estirado no chão, 20 minutos para que a ambulância do Samu aparecesse. Vale lembrar que o Samu é como a candidatura Diuma-Temer: uma criação do governo federal (PT), operada pelo governo local (PMDB). Decerto mandaram demorar de propósito, pra castigar os infiéis que ousam mostrar em público que o PMDB continua sendo um saco de gatos;

c) Do Paulo Afonso, que mesmo levando claque pra vaiar o LHS, como faz há oito anos, sempre acaba no escanteio, sem ter os votos necessários para vingar-se do ostracismo em que o velho “amigo” o colocou;

d) Do Andrino, que deve ter se arrependido de não ter colocado a cara de fora do casulo há mais tempo. Escondido, com fama de indeciso, falando pelos cantos, recusando-se a voltar às campanhas (dizia ele que a família não queria), teve um rompante, saiu candidato e até que conseguiu um número razoável de votos, capitalizando o descontentamento generalizado. Mas o tempo foi curto;

e) Do LHS, que decerto não entende como é que essa gente ingrata, que teve acesso a um grande número de vaguinhas em cargos comissionados, que ganhou de bandeja secretarias regionais e tantas outras coisas (como os fantásticos e generosos fundos que faziam jorrar dinheiro nos projetos dos amigos), pensa que pode contrariar os desígnios daquele que ele considera o principal estadista do partido: ele próprio.

Mas amanhã é domingo. Pode ser que faça sol. E a gente consiga mudar de assunto.

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