O candidato a vice-governador pela frente “A Favor de SC”, Guido Bretzke, concedeu entrevista ao Jornal A Notícia de Joinville e destacou estar motivado. Disse que seu desejo é ver Santa Catarina crescer. “Eu acredito que só podemos distribuir renda se gerarmos renda”.
Leia abaixo a entrevista
AN Jaraguá — O que estimulou a ser candidato a vice-governador?
Guido Bretzke — Eu não tenho aspiração política. Há algum tempo, amigos falavam desta possibilidade, e vários empresários me estimularam. Eu me filiei ao PR e depois comecei a conversar com integrantes da sigla. O partido levou a sério a possibilidade de eu ser candidato. A Ideli (Salvatti) conversou comigo sobre fazer parte da coligação. Vi que era hora de estar no outro lado e fazer parte da execução das coisas.
ANJ — Como foram as negociações para montar a coligação?
Guido — O principal objetivo da aliança é o voto. A Ideli cogitava a possibilidade do vice ser um representante da região Norte, e claro que Jaraguá do Sul tem uma importância forte nisso. Temos que nos sentir orgulhosos por ter alguém nessa composição e o meu papel é pensar na melhoria de todo o Estado e também da região Norte.
ANJ — Como está a motivação do senhor para a campanha?
Guido — Eu não preciso disso para sobreviver. Estou me expondo em favor da comunidade. O que me motiva é o desejo de que Santa Catarina cresça. Eu acredito que só podemos distribuir renda se gerarmos renda. Se não melhorarmos a competitividade das empresas, as pessoas jamais vão ganhar melhor. E o governo do Estado tem de facilitar isso.
ANJ — Como vê essa união com o Partido dos Trabalhadores, vindo do meio empresarial?
Guido — O PT se mostrou amigável ao desenvolvimento da economia, e a visão empresarial é de que dá para crescer junto. A minha proposta é para que todos ganhem. A coligação quer o equilíbrio em tudo. E como empresário da região Norte e de Jaraguá do Sul, o que vou levar é a minha experiência para discutir os aspectos que envolvem o desenvolvimento em todas as áreas do Estado.
ANJ — Como estão sendo aceitas as ideias do senhor para o Plano de Governo?
Guido — Eu fiz as minhas contribuições e elas foram aceitas. A partir disso, vamos desenhar um plano efetivo. Temos de melhorar a eficiência do governo. O Estado precisa de capacidade de investimentos. Se ele gasta demais e é ineficiente, deixa de ter poder para investir. Outro fator é que vamos pensar a longo prazo é diminuir ações corretivas. Basta ver que foram asfaltadas ruas que os imigrantes entraram de carroça. Precisamos inovar e pensar para os próximos 20 anos. Precisamos também valorizar a inovação, a tecnologia. Temos de agregar valor ao produto, mão-de-obra, reduzir o impacto ambiental, gerar economia no gasto energético e preparar as pessoas para isso.
ANJ — A bandeira defendida pelo candidato durante o período que estava na Acijs foi a melhoria na infraestrutura das rodovias. Ela será levada como compromisso no governo?
Guido — A expectativa é manter esta postura. Se a nossa região se desenvolver, vai ajudar o Estado também. Não posso prometer nada, não faço isso. Mas vamos ser porta voz da nossa região. Vou brigar pelas metas de infraestrutura da BR-280 e também para as melhorias nas rodovias estaduais. Precisamos ver algo novo na área logística, não só para as empresa, mas para o turismo.
ANJ — Os empresários reclamam da burocratização dos governos. Como o senhor pretende solucionar esse problema, já que tem uma visão mais empresarial de administração pública?
Guido — O Estado tem de ser ágil. A proposta é facilitar os serviços numa rede integrada de comunicação. Tem muita coisa para ser melhorada. O governo tem de ser simplificado, com isso pode usar melhor a estrutura.
ANJ — Como o senhor avalia os potenciais do Estado?
Guido — Santa Catarina é um Estado que cresce bastante, mas estamos só mantendo posições. Temos capacidade de crescer mais. Esse é o grande desafio. Nós temos e precisamos melhorar em muitas coisas. Somos eficientes na educação e com empresas de destaque, mas a questão do tratamento sanitário deixa a gente atrasado. Não pode ter isso. Temos que melhorar em tudo. O Estado deve ser o facilitador para que isso ocorra.
ANJ — Como será a postura do senhor como vice-governador, caso seja eleito?
Guido — Quero participar efetivamente, estando à mesa para a discussão. A caneta será da governadora, mas quero deixar a minha marca registrada na administração. Não estou na coligação para ser marionete. Confio muito nessa vitória e na contribuição que podemos dar para o Estado. Sempre valorizei os princípios da fé, da justiça, da honestidade e do respeito aos outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário