Por RAFAEL BELATTINI
Os últimos acontecimentos da Superliga de Vôlei fizeram-me antecipar algo que já vinha planejando em escrever, mas um braço quebrado não ajudava.
Agora vale a pena um esforço maior.
Procuro entender quando foi o momento em que nós, torcedores, passamos a entender que torcer por seu time significa ofender seu rival.
Não sou adepto do politicamente correto, muito menos quero que os torcedores se portem como múmias nas arquibancadas.
Mas dá para incentivar sua equipe favorita sem xingar os jogadores e torcedores do rival.
Não preciso nem comentar que é extremamente ridículo fazer comentários preconceituosos, independentemente de ser por cor, orientação sexual, nacionalidade ou classe social.
No último ano, quando passei a moderar este blog, fui ficando ainda mais desanimado ao perceber tal comportamento na maioria dos torcedores.
Vitórias, classificações e conquistas de títulos eram “comemoradas” apenas ofendendo os times rivais que, na maior parte das vezes, nem eram os adversários batidos na ocasião.
Reconhecer virtudes atrás das linhas inimigas é coisa proibida. Tabu.
Oras! Depois dos 90 minutos, dos sets, dos quatro quartos e correspondentes, a vida segue.
O torcedor vai cuidar da sua vida, correr atrás de seus afazeres da mesma forma. Às vezes mais feliz, às vezes mais triste.
Já o atleta rival, amanhã pode vir a ser seu ídolo. Enquanto o seu ídolo de hoje pode mudar de lado.
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