segunda-feira, 3 de maio de 2010

O lado B dos campeões e sua festas

O Avaí passou o rodo no Joinville (5 a 1 na soma dos dois confrontos) , ganhando com mérito e sobras o bicampeonato catarinense, graças à supremacia técnica do time, apesar das escolhas do técnico Péricles Chamusca. A conquista chegou com vitória tranquila no jogo decisivo. Ao contrário de São Paulo onde o Santos virou campeão com derrota na final, mesma situação para o Grêmio que perdeu para o Inter e levou a faixa. Coisas de regulamento. De qualquer forma, melhor é ganhar perdendo do que ganhar e não levar, como Santo André e Internacional.


Cá pra nós, que vergonha o Delfim Peixoto. Camisa aberta, correntinha de prata no peito, calça jeans desbotada, parecia um bicheiro, não um presidente de Federação. Se bem que a solenidade para entrega da premiação foi esculhambada como a maioria das federações estaduais costuma fazer. Só que a nossa faz com louvor. Delfim não deixou pra ninguém entregar as medalhas, só ele, para os dois times. Pavonices a parte e apesar da postura deselegante deste dirigentes, os avaianos mereceram como ninguém fazer a festa. Não é fácil manter fidelidade a um clube que obriga seus apaixonados torcedores a cada jogo a um verdadeiro rali de acesso e saída da Ressacada. Culpa de quem promete e não cumpre - estado e município - facilitar a vida dos que frequentam estádio e aeroporto.



Outra coisa: o professor Pardal Chamusca inventou e se deu bem. Eliminou do time que começou a temporada todos os garotos que vinham sendo titulares e jogando bem: Rodrigo Thiesen, Jony, Medina e até o goleiro reserva Renan, escalado para um jogo decisivo como o de Joinville, e que no outro nem no banco fica. E o Roberto só virou titular por obra do acaso, pelas lesões do Vandinho e do Leonardo. Menos mal que alguns dos eleitos deram conta do recado, o título chegou e os analistas de resultados estão aí para jogar confete e tirar conclusões em cima do óbvio.



Entretanto, é bom que o Avaí tenha muito claro que estadual é uma coisa, Brasileiro é outra. Basta lembrar o Silas ano passado. Quando ele e a direção se deram conta da iminência de um desastre com a ameaça de rebaixamento, pararam de inventar e o Avaí reagiu para fazer uma bela campanha.


E por fim, já estão preparando a virada de mesa pra botar a Chapecoense de novo no campeonato principal. Deu pra perceber nas declarações de domingo do Delfim e do vice jurídico, Rodrigo Capela. Empurraram o assunto para o Tribunal de Justiça, uma pizzaria que tem servido bem a clientela.

Por:Mário Medaglia

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