domingo, 11 de julho de 2010

Primeiro e segundo atos: sem gols e desleal

Nos primeiros 10 minutos a Espanha sufocou a Holanda.

Não deixou o time laranja pensar ao marcar sua saída de bola sob pressão e ao criar três chances agudas de gol.

Mas diferentemente da jovem Alemanha que se deixou impressionar e tratou de recuar, e de sair de seu estilo, o experiente time holandês saiu em busca do equilíbrio.

E conseguiu.

A Espanha continuou melhor, mas nem tanto e já não ofereceu mais maiores perigos, assim como não os sofreu.

Quem sofreu foram os joelhos, canelas, até peito, dos espanhóis, que passaram a ser caçados em campo, embora tenham respondido na mesma moeda duas vezes.

Se o árbitro inglês tivesse expulsado dois holandeses (Van Bommel e De Jong) não teria cometido nenhum exagero, no jogo mais violento de uma Copa leal.

Trocando bola às vezes excessivamente, em duas ocasiões quase a Espanha entrega o ouro à Holanda.

E veio o segundo tempo.

Com menos de 10 minutos os holandeses receberam mais dois cartões amarelos, completando 5 contra 2 no jogo.

Navas entrou no lugar e de Pedro e, aos 16, Sneijder deixou Robben na cara do gol, que só foi evitado pelo calcanhar do goleiro Casillas.

A Espanha dava sopa ao azar. Embora tenha tido muiiita sorte.

E tomava seu terceiro cartão.

E, com Villa, perdia, aos 24, um gol tão feito como o holandês.

Impressionante a dificuldade em botar a bola para dentro.

Kuyt saiu e entrou Elia.

O jogo não tinha a beleza que se esperava, era desleal e revelava uma enorme dificuldade em fazer gols.

Uma pena.

As 85 mil pessoas do mundo inteiro que aplaudiram Nelson Mandela não encontravam na final da Copa a emoção que buscavam.

E Puyol perdeu de cabeça o gol que fizera na Alemanha, aos 32.

Complacente, o apitador inglês Webb falava mais que apitava.

E Casillas teve de sair de novo nos pés de Robben para evitar a catástrofe, aos 38.

Xabi Alonso saiu para entrar Fabregas.

Pela segunda vez, uma final de Copa terminava sem gols, como em 1994, nos EUA, Brasil x Itália.

Mas pela primeira vez uma decisão de Mundial tinha oito cartões amarelos.

Vem aí a prorrogação.

E já faz muito frio, 8 graus, com promessa de chegar aos 3!

Por Juca Kfouri

Nenhum comentário: