terça-feira, 7 de julho de 2009

Handebol precisa ser repensado em Santa Catarina

Modalidade é a segunda mais praticada no Brasil


Falando a profissionais do esporte ligados ao handebol, o ex-técnico da Seleção Brasileira, Alexandre Schneider, disse que todos os envolvidos com a modalidade devem fazer uma “mea culpa” e achar uma maneira de desenvolver novamente o esporte no estado.


A reflexão foi feita durante o Ciclo de Palestras e Cursos de Capacitação em Treinamento Esportivo, promovido pela Fesporte durante a etapa regional centro-oeste da Olesc que está sendo realizada em Curitibanos,


Para Alexandre, o handebol é mantido em Santa Catarina basicamente pelo poder público, não tem visibilidade, e por não dar retorno, dificilmente se beneficia de investimentos do setor privado.


Ele sente que “há um certo desinteresse, e que a participação e o comprometimento dos profissionais da área poderia ser maior”. Para “dar a volta por cima”, o movimento deve começar pela Federação Catarinense de Handebol, pelas pessoas que militam dentro da modalidade (técnicos e dirigentes), e por profissionais de educação física, para voltar a dar ênfase ao trabalho de base da modalidade, e da quantidade extrair a qualidade.


Segundo Schneider, em Santa Catarina são poucos os municípios que tem um trabalho planejado dentro do handebol. Ele cita os exemplos de Concórdia, que mantém um projeto no handebol feminino através da UNC e disputa os campeonatos brasileiros, juvenil (18 anos) e Junior (20 anos), e a Liga Nacional adulta; Blumenau com os times masculino e feminino, este último campeão da Liga Nacional de 2008; e Chapecó que este ano retornou à Liga Nacional com a equipe masculina.


Outros municípios como Criciúma, Capinzal e Joaçaba mantém suas equipes para competições estaduais, porém visam especialmente os jogos da Fesporte, já que o campeonato estadual da Federação este ano foi disputado com apenas três equipes.

A dificuldade vem da Confederação Brasileira de handebol, que por falta de retorno perdeu o patrocínio da Petrobras e sobrevive hoje através da lei Agnelo Paiva, que destina parte da arrecadação das loterias para as entidades esportivas nacionais. Alexandre concluiu dizendo que “o handebol é o segundo esporte mais praticado no Brasil, e não possui estrutura de clube por falta de investimentos”.

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