quarta-feira, 5 de maio de 2010

Nova pizza com os mesmos ingredientes

Por:Mário Medaglia


Delfim não deu chance nem para Pedro Lopes, representante do Governador (foto Marco Luiz Gonzaga)


As próximas atrações estão batendo à porta do torcedor catarinense. A Copa Santa Catarina, para ocupar os desocupados e outros nem tanto, começou com o Criciúma e Brusque. No final de semana chega o Campeonato Brasileiro para Avaí e Figueirense.

Enquanto isso tratemos das estripulias de Delfim & Cia, na sede da Federação, chamada indevidamente de “a casa do futebol”, graças ao chefe maior, cuja demonstração de pavonice explícita domingo na Ressacada não deu chance nem para o representante do Governador, presidente da Fesporte e membro do Conselho Estadual de Desportos, Pedro Lopes. O homem ficou escondido no palco da premiação (de óculos, à esquerda na foto), enquanto Delfim Peixoto, vestindo uma calça jeans velha e surrada, camisa aberta, aquela correntinha aparecendo pendurada no peito, distribuía medalhas a vencedores e vencidos.

Identificado mais uma vez o Castor de Andrade do futebol catarinense, vamos aos fatos. A virada de mesa para trazer de volta a Chapecoense à primeira divisão está pronta e nas mãos dos auditores Tribunal de Justiça. A desfaçatez do presidente da FCF e seus auxiliares mais diretos, incluindo o vice jurídico, Rodrigo Capela, não tem limites. O vale tudo inclui, em primeiro lugar, desrespeito á legislação e, na sequência, mentiras, muitas mentiras.

Dizer que o regulamento é omisso é uma delas. Como é que um rebaixado para a segunda divisão, no caso a Chapecoense, pode voltar à divisão principal com uma simples canetada, sem disputar o acesso? A lei, interpretada corretamente, e não convenientemente, é muito clara. Mas faz tempo que esta armação ganhou cara (Delfim) e corpo (Federação), na verdade desde que o representante do Oeste se viu ameaçado de rebaixamento.

Outro dia encontrei um amigo, membro do TJD, indignado com as críticas da imprensa pelas últimas decisões daquele colegiado. Prometia ele, por exemplo, que os incidentes do clássico mereceriam apreciação diferente pelo Pleno do Tribunal, ao contrário do que aconteceu em uma de suas câmaras disciplinares, onde todos foram perdoados. Nada disso aconteceu, comprovando a correção dos comentários críticos e das manchetes de jornais. As punições foram brandas, na contra mão da gravidade dos incidentes. Sobrou para os coitados dos gandulas, a parte mais fraca nesse episódio, enquanto o Avaí, que arrumara um “laranja” para a autoria do foguete em campo, recebeu punição branda, bem como outros personagens envolvidos.

Assim sendo, como vão dizer que o tribunal não pune ninguém? Ridículo, pra não chamar de outra coisa mais séria. Um dia acreditei que a garotada que tomara conta do judiciário esportivo, daria um jeito nas velhas raposas daquela instituição. Na parte que me toca, dependendo do que acontecer em relação a essa receita para pizza oestina, darei nomes aos bois. Ou melhor, aos pizzaiolos de Balneário Camboriú.

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