segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Guga e gestores municipais discutem estrutura e Jasc do futuro

Palestra foi nesta segunda-feira, dia 13, no Hotel Monthez

Dentro da programação temática do Cinqüentenário dos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc), gestores municipais e autoridades esportivas se encontraram nesta segunda-feira (13), no auditório do Hotel Monthez, em Brusque, para discutir a estrutura organizacional dos Jasc e formas de incrementar o evento para o futuro. O encontro contou com a presença do ex-tenista Gustavo Kuerten e representantes do Instituto Guga Kuerten (IGK) Rafael e Alice Kuerten.

Entre as autoridades estiveram presentes, o secretário de Turismo, Cultura e Esporte Valdir Walendowsky, o presidente da Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte), Pedro Lopes, o prefeito de Brusque Paulo Eccel, além do presidente da Comissão Organizadora (CCO) dos Jasc, Marcelo Cavichiolo e do presidente do Conselho Estadual de Educação Física (CREF) de Santa Catarina Marino Tessari.

Em sua explanação, Rafael Kuerten lembrou que um evento como os Jasc tem uma força e importância muito grandes, por isso, é importante trabalhar não somente o aspecto técnico do esporte como rendimento, mas também como fator de inclusão social. “É preciso saber separar o alto rendimento de ações de inclusão. Fazemos isso no nosso instituto quando usamos crianças para trabalhar o esporte como inclusão e academia do Larri Passos, em Camboriú, como forma de se trabalhar o alto rendimento”.

Estrutura de qualidade

Rafael complementou afirmando que para desenvolver essas ações é preciso estrutura de qualidade. “Não posso dar uma quadra para uma criança praticar esporte meio boa. Ela tem que ser excelente. Só assim posso desenvolver todo o seu potencial e quem sabe ela possa se transformar num novo Guga”. O representante do IGK disse ainda não entender que um evento tão grande quanto os Jasc não ter sua marca consolidada na mídia e propôs um plano de marketing. “Temos que parar e pensar o que fazer sobre isso”.

Marcelo Cavichiolo aproveitou a presença de representantes das cidades participantes dos Jasc para defender a criação de fundações esportivas nos municípios que não possuem essa estrutura. “Com as fundações se garante orçamento financeiro e estrutura organizacional para a realização de ações esportivas”.

Pedro Lopes concordou com a idéia, complementando que o esporte ainda continua pedinte. ”Quem continuar com essa filosofia está morto”, acrescentou. Disse ainda que pretende usar esta reunião para trabalhar propostas e sugestões de melhorias. O dirigente defendeu ainda, que os próximos municípios que irão sediar Jogos Abertos têm que ter orçamento aprovado com um ano de antecedência. “Vamos lutar por isso. Só assim é possível fazer um bom planejamento para a realização do evento”.

O presidente da Fesporte defendeu ainda a profissionalização nas ações esportivas e uma maior participação das federações nas parceiras de eventos como os Jasc. “É inadmissível termos modalidades com apenas cinco equipes como o tênis feminino e de nosso Estado ainda não ter uma pista sintética de atletismo quando sabemos que o Fundesporte tem um orçamento anual na casa dos 20 milhões”. Ele defende que um planejamento bem feito pode corrigir essas distorções.

O secretário Valdir Walendowsky, revelou que a Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte está trabalhando o Plano de Desenvolvimento Integrado do Esporte, Cultura e Lazer com o objetivo de tornar tanto o esporte como a política pública esportiva mais dinâmicas. “Técnicos da secretaria estão trabalhando para melhorar a o esporte catarinense. É importante ter pessoas pensando de como torná-lo mais dinâmico. Afinal o esporte é uma coisa dinâmica e a cada dia temos que pensar em coisas novas para o setor”.

Para Guga Kuerten, os Jasc precisam ser repensados. “Temos que resgatar a história do evento, ter estratégia de usar crianças para mostrar a elas importância da competição”, disse. Para o tricampeão de Roland Garros é preciso construir desde cedo, na mente das crianças, a importância de que o esporte não se faz só de vitórias, mas sim na capacidade que ele tem de transformar pessoas. “Um evento como os Jac é um grande produto para isso”, concluiu.

Central de Imprensa da Fesporte

Antonio Prado

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